O novo delegado da Delegacia Especializada de Defesa dos Direitos da Criança e Adolescente (Deddica), Daniel Valente, irá denunciar o vereador Chico 2000 (PR) pelo crime de estupro de vulnerável. O inquérito, que teve início com o delegado Eduardo Botelho, deverá ser concluído nos próximos dias e encaminhado para o Fórum.

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Chico 2000 é acusado de abusar da própria enteada de 11 anos. O caso veio à tona em novembro do ano passado, dois dias depois de a tia da menina ter denunciado o suposto crime e registrado um Boletim de Ocorrências (BO).  Ainda de acordo com o registro no boletim de ocorrências, a mãe teria pedido para o namorado, o vereador, para que ele conversasse com a filha, uma vez que a achava triste e para convencer a menina para ficar na festa.
 
Conforme relatado pela tia da menina, o vereador teria pedido para a criança sentar em seu colo para conversar, entretanto, enquanto conversavam, o mesmo teria começado a passar a mão na vítima. A tia ainda relatou aos policiais que a sua sobrinha diante a situação saiu do colo do vereador e foi para outro quarto, sendo seguida por ele, onde teve novamente de sentar em seu colo e o mesmo voltou a passar a mão descendo até seus órgãos genitais.
 
Em entrevista ao Olhar Direto, Chico 2000 negou todas as acusações e disse que a garota é “problemática”. O vereador chegou a ficar preso durante dez dias no Centro de Custódia da Capital (CCC), após ter o pedido de prisão temporária decretado. No dia da diplomação na Câmara de Vereadores, ele conseguiu uma liminar e foi solto.
 
Após a finalização do inquérito, o Ministério Público Estadual (MPE) irá decidir se denuncia ou não o parlamentar pelo suposto crime. A Deddica também investiga a denúncia de um abuso contra uma adolescente. Porém, a suposta vítima ainda não foi encontrada para prestar depoimento.
 
Todos os envolvidos no caso já foram ouvidos pela Deddica, a maioria pelo delegado Eduardo Botelho, que agora integra a Diretoria de Inteligência da Polícia Civil.
 
No dia da diplomação, a mãe da menina e noiva do vereador, Fernanda Oliveira da Costa, disse que “Sou mãe e infelizmente, é com muita dor que eu digo isto, a minha filha errou. Ela está crescendo, vai saber dos erros que cometeu e vai pedir perdão ao Chico por essas acusações”. Fernanda, que atuava como secretária de Cultura da Câmara Municipal de Cuiabá, disse não ter dúvida “de que ela tenha sido induzida a proferir estas acusações. Tenho certeza disto”.