O secretário de Cidades (Secid), Wilson Santos (PSDB), revelou na manhã desta quinta-feira (02), durante entrevista ao programa Chamada Geral, que o consórcio responsável pelas obras da trincheira Jurumirim, localizada na avenida Miguel Sutil, em Cuiabá, está pedindo mais R$ 30 milhões de serviços que não teriam sido pagos pelo ex-governador Silval Barbosa (PMDB): “É um absurdo isso”, disparou o tucano. Ao todo, o projeto pode chegar aos R$ 80 milhões.

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“Até agora já foram pagos R$ 50 milhões para a empresa. Chamei o consórcio, que quer mais R$ 30 milhões para concluir o projeto. Eu falei: amigo, então esta trincheira vai custar R$ 80 milhões? Com este dinheiro, eu faço 80 quilômetros de asfalto. Eles alegam que o Silval [Barbosa] deixou de pagar este montante”, disse o secretário.
 
Wilson ainda explica que este é um dos principais motivos pelo qual a empresa ainda não arrumou os problemas que existem no local: “Por conta disto, dizem que enquanto não pagarmos, eles não voltam ao canteiro para fazer as correções. Está tudo judicializado, é algo muito complicado”.
 
O titular da pasta ainda explicou sobre os vazamentos nas ‘paredes’ da trincheira: “É natural aquele vazamento nos dutos da trincheira, tem que ter aquilo. A água tem que cair em uma caixa, um coletador, para que não atravesse a sarjeta e vá para o asfalto. O problema é que o consórcio acusa a empresa de ter feito um mau projeto de drenagem. Mas isso é mentira, o problema foi a execução. Estamos brigando nisso aí”, finaliza.
 
A trincheira Jurumirim, que teve um custo inicial de R$ R$ 39.345.540,47, teve o seu valor final fixado em R$ 50.537.651,01, o que representa um aumento de R$ 11.192.110,54. Os trabalhos no local tiveram início no dia 21 de setembro de 2012 e deveriam ter sido finalizados 18 meses depois.
 
Obra
 
Com 960 metros de extensão, a maior de todas as trincheiras feitas para a Copa do Mundo de 2014 abrange o trecho um pouco antes da Avenida dos Trabalhadores (Av. Dante de Oliveira) até depois do cruzamento da Avenida Jurumirim (Av. Gonçalo Antunes de Barros), próximo ao viaduto da Avenida do CPA. A obra integra o pacote de intervenções de travessia urbana, resultado de um convênio entre Governo do Estado e Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit).