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Sexta-feira, 19 de abril de 2024

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Em três anos, PM excluiu 44 policias: “Não admitimos nenhum tipo de desvio de conduta”, assevera comandante

Foto: Rogério Florentino Pereira/Olhar Direto

Em três anos, PM excluiu 44 policias: “Não admitimos nenhum tipo de desvio de conduta”, assevera comandante
A Polícia Militar excluiu, nos últimos três anos, 44 policiais de suas fileiras por desvio de conduta. A informação foi repassada ao Olhar Direto pelo novo comandante da corporação em Mato Grosso, tenente-coronel Jorge Luiz de Magalhães, 47 anos. Em entrevista exclusiva, ele asseverou que não é admitido na tropa: “nenhum tipo de desvio de conduto, seja por qual motivo for”.


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“A polícia tem quase oito mil homens e mulheres. Essa ideia de fazer justiça com as próprias mãos não é justificada em nenhum aspecto. A Polícia Militar não aceita nada como justificativa de uma interpretação das leis. O que a sociedade espera da nossa instituição são atitudes firmes, enérgicas, mas dentro da legalidade. Nosso objetivo é servir e proteger. Nossa missão não é julgar”, garante o comandante.
 
Ao todo, nos últimos três anos, foram 44 demissões/exclusões. Em 2014, foram 18 militares expulsos das fileiras, o número foi o mesmo em 2015 e caiu para oito em 2016: “Se o policial abordar alguém em flagrante delito, cabe fazer a detenção, usando da força necessária para isto. Depois, encaminhar para a delegacia e deixar o processo legal”, assevera o coronel.
 
“A Polícia Militar não admite nenhum tipo de desvio de conduta. A sociedade pode ter certeza que iremos apurar e imputar responsabilidades. Temos vários integrantes da corporação que adotaram este comportamento e foram excluídos. Nada do tipo será admitido”, garantiu o comandante.
 
Produtividade
 
O comandante também aproveitou para ressaltar o trabalho que vem sendo feito em todo o Estado. Em 2016, foram registrados 98.208 Boletins de Ocorrência (BO). O número é 30% maior, se comparado ao mesmo período em 2015, quando foram confeccionados 75.678. Os números também mostram que foram 18.604 pessoas detidas em flagrante delito, 3.895 quilos de drogas e 3.605 armas de fogo apreendidas.
 
Major indiciado
 
O promotor de Justiça, Jaime Romaquelli, da 2 ª Promotoria de Justiça Criminal de Cuiabá, apontou que o major Valdir Félix Oliveira foi o responsável pela morte do suspeito André Luiz Oliveira, assassinado durante uma ação da Polícia Militar (PM) em agosto do ano passado, após a execução do policial militar, Elcio Ramos, no bairro CPA III, em Cuiabá. O major, segundo o Ministério Público Estadual (MPE), teria agido “por vingança”.
 
“Antecipo que hoje (31), protocolaremos a denúncia contra o acusado Valdir Félix de Oliveira Paixão Junior, major da PM, que tivemos de incluir como réu, em razão da morte de André Luiz Oliveira. Ficou claramente demonstrado que ele agiu por vingança, matando o rapaz, em razão da morte do policial, ocorrida cerca de uma hora e meia antes”, disparou o promotor, durante entrevista coletiva no auditório da Procuradoria Geral de Justiça.
 
Finalizado em dezembro de 2016, o inquérito da Polícia Civil que apurava a morte de André Luiz Oliveira, assassinado durante uma ação da Polícia Militar (PM) em agosto do ano passado, apontou que o major Valdir Félix Oliveira foi o responsável pela morte. Indiciado por homicídio qualificado, o militar confessou ter atirado contra o rapaz, tendo alegado legítima defesa aos investigadores.
 
Desaparecimentos
 
Os recentes desaparecimentos e mortes de jovens após abordagem de policiais militares foram considerados como casos isolados pelo comandante geral da Polícia Militar de Mato Grosso (PM-MT), coronel Jorge Luiz de Magalhães. Ao Olhar Direto, ele afirmou que a instituição é a maior interessada no resultado das investigações, conduzidas pela própria Corregedoria e Delegacia de Homicídios e Proteção a Pessoa (DHPP), sob acompanhamento do Ministério Público (MP).
 
O coronel alegou ainda que o comando e o Estado não compactuam com desvios de condutas. “Nós temos 8050 policiais militares. Homens e mulheres distribuídos por todos os municípios de Mato Grosso, então esses três casos não representam nem 0,5 % do efetivo da Polícia Militar (PM). Se formos fazer uma proporcionalidade, vamos perceber que o número de policiais envolvidos em desvio de conduta é muito pequeno”, afirmou.
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