O ex-presidente da comissão de ética da Câmara Municipal de Cuiabá e vereador reeleito, Toninho de Souza (PSD) entregou nessa quinta-feira (02) duas representações contra o vereador Chico 200 (PR). Segundo Toninho toda a documentação que estava em seu poder, sobre o suposto abuso de uma adolescente por Chico 2000, foram entregues ao presidente da Casa de Leis, Justino Malheiros (PV). As informações foram reveladas por Toninho na sessão solene de abertura oficial dos trabalhos do Parlamento cuiabano.
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De acordo com Toninho, no ano passado – quando a denúncia foi feita – não houve tempo hábil para a realização de uma investigação e uma possível cassação de Chico, por quebra de decoro parlamentar. “Acabei de protocolar ao presidente da Câmara Municipal toda a documentação do vereador Chico 200 que estava em meu poder. Um ofício que está com minha assessoria jurídica comprovando que não tenho mais responsabilidades como presidente da Comissão de ética”, disse.
Além disso, Toninho defendeu que o novo representante da Câmara tome um posicionamento sobre o caso. “A denúncia foi feita no final do ano legislativo, por conta disso não tempo hábil para avaliação do caso. Ele como presidente da Câmara possa destinar a quem for devido, e que as providências em relação ao vereador Chico 200 sejam tomadas na medida que o Justino Malheiros entender que são necessárias. Entendo que a Câmara deve ter uma posição e fiz o que estava ao meu alcance. Ou seja, no primeiro dia de trabalho legislativo entreguei as duas representações contra o vereador e os documentos enviados pelo ex-presidente da Casa, Haroldo Kuzai (SD)”, pontuou.
Questionado sobre o assunto o presidênte do Parlamento Cuiabano, Justino Malheiros (PV), disse que o caso será encaminhado a procuradoria. "Eu vou esperar o parecer da procuradoria para tomar qualquer medida sobre esse assunto", pontou rapidamente sobre o assunto.
Em dezembro de 2016, a Ong Moral (Movimento Organizado pela Moralidade Pública e Cidadania) ingressou com um pedido de quebra de decoro parlamentar, contra o vereador Chico 2000. O vereador se apresentou à Polícia para dar cumprimento a mandado de prisão temporária, pela acusação de crime de estupro, no dia 6 de dezembro.
O delegado responsável pelo caso, Eduardo Botelho, argumentou - a época - que a Polícia investiga denúncias da existência de outras vítimas de abuso, praticadas pelo vereador. Este é um dos motivos pelo qual o delegado pediu a prisão temporária do parlamentar. O pedido de prisão teve como objetivo o avanço nas investigações, segundo a Polícia Civil.
O vereador foi indiciado depois da suspeita de ter abusado sexualmente de uma menina de 11 anos, filha da namorada. O abuso teria ocorrido no dia 11 de novembro, dentro da casa do vereador, durante a festa de aniversário da mãe da menina, conforme boletim de ocorrência policial.
Chico 2000 é advogado, está em seu segundo mandato como vereador de Cuiabá e nas eleições de 2016 foi reeleito, com 3.620 votos. Antes disso, o parlamentar já havia ocupado, por duas vezes, a suplência na casa. Na Câmara, o vereador ocupa, atualmente, o cargo de 1º secretário.
.jpg "Toninho entrega dois pedidos de quebra de decoro ao presidente da Câmara de Cuiabá")
