Num embate que promete capítulos emocionantes, os vereadores da Capital vão abraçar a causa contra o reajuste da tarifa do transporte coletivo. A coordenação do movimento é do primeiro secretário da Câmara de Cuiabá, vereador Dilemário Alencar (PROS), que defendeu o Parlamento cuiabano apoiando a decisão do prefeito Emanuel Pinheiro (PMDB), em não conceder aumento na tarifa do transporte coletivo neste ano.
O Parlamentar disse que a decisão do prefeito é oportuna, pois o serviço ofertado pelas empresas do transporte coletivo é de péssima qualidade e o momento econômico adverso que atravessa o Brasil tem desempregado milhões de trabalhadores. Os empresários do setor estão requerendo que a tarifa de ônibus seja aumentada de R$ 3,60 para o valor de R$ 4,13.
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“Vou apresentar na próxima sessão da Câmara uma ‘Moção de Apoio’ a esta decisão do prefeito Emanuel Pinheiro, pois julgo ser de extrema importância, visto que Cuiabá tem uma das tarifas de ônibus mais caras entre as capitais brasileiras, mas é ofertado à população ônibus velhos, sem ar condicionado e desrespeito com idosos e cadeirantes”, argumentou ele.
“A aprovação da Moção será uma forma de mostrar que os vereadores também não aceitam mais a perversa política de todos os anos ocorrer aumento sem que haja melhorias nos serviços prestados pelos empresários do setor”, justificou Dilemário.
Em 2013, o vereador Dilemário Alencar denunciou as empresas de ônibus ao Ministério Público do Estado (MPE) por inserirem despesas não existentes na planilha do cálculo tarifário, a exemplo de salários de cobradores que não mais trabalhavam no sistema. Em dezembro daquele ano, o MP realizou uma auditoria na planilha do cálculo tarifário e confirmou a denúncia do vereador, determinando redução na passagem de R$ 2,95 para o valor de R$ 2,60.
“Vou continuar firme na defesa por um melhor transporte coletivo para nossa cidade, cobrando que seja feita uma licitação para este importante setor, com regras claras para que novas empresas prestem serviços de qualidade, pois quase 300 mil pessoas têm o ônibus urbano como único meio de locomoção”, pontuou Dilemário, que possui um histórico de luta, em defesa da dignidade no transporte coletivo.
