Ainda em obras e escolhido como o segundo pior do país, na pesquisa de satisfação divulgada pelo Ministério dos Transportes. A descrição é do Aeroporto Internacional Marechal Rondon, localizado em Várzea Grande (região metropolitana de Cuiabá), que apresentou algumas melhoras, subiu no ranking do levantamento e arrancou tímidos elogios de passageiros. A reportagem do Olhar Direto esteve no terminal e ouviu algumas pessoas sobre as condições do local. Porém, é nítido que ainda há muito trabalho a ser feito.
Quem entra na área de check-in do terminal mato-grossense, já consegue ver que ele ainda está inacabado. O corredor que liga o embarque ao desembarque estava bloqueado, nesta semana (07), devido a obras que estavam sendo feitas no teto. Alguns banheiros da praça de alimentação também não puderam ser utilizados, já que também estavam interditados.
O policial militar, José Rubens Soares, de 27 anos, elogiou as melhorias, mas cobrou ainda mais avanços: “Acho que melhorou bastante, comparando antigamente com agora. Em minha opinião, a internet gratuita e de boa qualidade seria o essencial. Além de também diminuir os valores do comércio que funcionam dentro do aeroporto. As coisas são muito caras”, disse à reportagem.
A professora aposentada, Maria Alice Landin, de 61 anos, reclamou da falta de conforto: “O aeroporto melhorou um pouco, mas devia ser ainda melhor. O ar-condicionado melhorou bem. Acho que as cadeiras deveriam ser mais confortáveis. Nós que não moramos em Cuiabá e chegamos mais cedo para esperar, ficamos muito desconfortáveis. Estou vindo de Tangará da Serra, a estrada já não está boa, precisa de um pouco mais de conforto”.
Francisco Brauner, que é professor de Filosofia e fez a sua primeira viagem de avião, disse ter gostado do que viu: “Eu tinha passado só perto do aeroporto e agora experimentei voar. Acho que está bem interessante aqui. Não dá para dormir, mas a gente consegue ficar sentado, não é tão confortável, mas está bom”.
A moradora do Rio de Janeiro (RJ), Ana Cristina Machado de Almeida, de 37 anos, reclamou do ar-condicionado na praça de alimentação e também do desconforto: “Deveria ser mais confortável aqui. No Rio de Janeiro, em São Paulo, acho bem mais confortável que aqui. Está com bastante obra, pelo que eu pude ver. Os preços são bem salgadinhos também. Mas acho que é coisa de aeroporto mesmo. Aqui está bem quente e olha que a temperatura está amena”.
Pesquisa
Segundo um trecho da pesquisa, o Aeroporto Internacional Marechal Rondon, localizado em Várzea Grande (região metropolitana de Cuiabá), terminou o quarto trimestre de 2016 com a nota 3,83 – em uma escala que vai de 1 a 5 -. A nota é superior aos 3,55, obtidos na última pesquisa divulgada.
Esta é a melhor nota de Satisfação Geral de Cuiabá na série histórica. Desde julho do ano passado, o aeroporto desfruta de novas salas de embarque doméstico e de embarque remoto. A obra é parte da nova infraestrutura prevista por convênio com o governo do Estado. Entre as benfeitorias, estão a melhoria do fluxo operacional do terminal e a diminuição das filas de raio-x. O ar-condicionado também recebeu melhorias.
No último lugar, que antes foi ocupado pelo terminal cuiabano, agora está o aeroporto de Salvador, que ficou com nota 3,77. No terceiro trimestre, Salvador havia conseguido nota 3,86. O terminal da capital baiana e o da mato-grossense foram os únicos que não conseguiram atingir os quatro pontos.
A obra
A obra completa do aeroporto está orçada em R$ 83,9 milhões e até o momento já foram executados 76,86% dos serviços, com repasse de R$ 64,9 milhões à construtora pelos serviços realizados.
O extrato do 15º termo aditivo foi assinado pelo novo secretário de Cidades, Wilson Santos (PSDB) e pelos empresários que formam o Consórcio Marechal Rondon. Com isto, o contrato 065/2012 terá acrescido 200 dias, a partir da data de assinatura da ordem de retomada da obra, no prazo de execução. Também foi aditado o prazo de vigência do contrato, que passará para 221 dias, cujo término será em 15 de agosto de 2017.
O projeto no aeroporto compreende a reforma e ampliação do terminal de passageiros e das vias de serviço, a instalação de pontes de embarque, a sinalização horizontal do pátio de aeronaves, além de reforma, adequação e ampliação do sistema rodoviário interno do aeroporto.
Também fazem parte do projeto a ampliação da Central de Utilidades, a construção de nova área de equipamentos de rampa, ampliação dos sistemas de infraestrutura básica e ainda a construção do estacionamento do novo prédio administrativo da Infraero. Iniciada em dezembro de 2012, a obra ficou paralisada por 10 meses pela gestão passada e foi retomada em outubro de 2015 pelo governador Pedro Taques (PSDB).
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