Apontado como voto decisivo em projetos polêmicos no plenário das Deliberações Renê Barbour, o deputado estadual Silvano Amaral (PMDB) avisou que não é oposição, tampouco governista, mas, sim, independente. Sua postura já havia sido anunciada pelo deputado estadual Romoaldo Júnior (PMDB), que também se declara independete.
“Eleitor não vota e diz: tem que ser de oposição. O deputado é eleito para vir se posicionar de acordo com a sua consciencia. O meu partido [PMDB] nunca cobrou tem que ser isso [oposição] ou aquilo [base governista]”, citou ele. Silvano derrubou a esperança da deputada Janaína Riva (PMDB), que contabilizava-o como voto de oposição, ao fazer parte do chamado
blocão – 20 deputados governistas.
Leia mais:
- Raio queima painel eletrônico e Botelho decide colocar em votação contas da gestão Taques na quarta-feira
- Allan Kardec trata como “uma brincadeira” convite de Botelho para deixar o PT e ingressar no PSB
Para justificar sua independência, ele citou o exemplo da votação da Revisão Geral Anual (RGA), em junho do ano passado, e alguns vetos do governador José Pedro Taques (PSDB), derrubados recentemente. “Voto a favor do que é interesse do Estado de Mato Grosso. Por exemplo, a RGA. Porque se não pagar agora? Porque, no futuro, vira uma
bomba relógio, já que o servidor [e seus sindicatos] vai acabar ganhando, em instâncias superiores como o Supremo [STF], em Brasilia, e o Estado será obrigado a pagar, futuramente”, argumentou ele.
Sobre apoiar a derrubada e vetos, considera normal no Poder Legislativo. “Derrubadas de veto é voto com a consciência: sempre foi no sentido de covencimento pessoal. Não acedito no termo situação nem oposição. Sou do termo indepednete”, resumiu.
Comissões permanentes
Sobre o fato de ingressar no blocão governista, contrariando a colega Janaina Riva, Silvano afirmou que foi tudo dialogado, sem enfrentamento. “No bloco maior, temos condições de participar de mais comissões [permanentes] do que no de quatro”, ponderou ele.
Para sacramentar a sua tese, ele lembra que Janaína Riva e Romoaldo Júnior estão na Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJ-R), a mais importante do Poder Legislativo. E, além disso, ele e o deputaado Zeca Viana (PDT) estão na Comissão de Fiscalização da Execução Orçamentária (CFEO).
“Se ficase no bloco de quatro, teríamos um voto. Ela entende isso e o Zeca também. O meu relacionamento com a deputada Janaina é excelente! O mesmo vale para o deputado Dilmar Dal’Bosco, líder do governo. Não houve confronto. O que se fez foi uma articullação para facilitar definição das comissões permanentes”, complementou Silvano, ao revelar que também consultou Dilmar e o deputado Zé Domingos Fraga (PSD) sacramentar os blocos internos.
