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Após horas de espera, Faiad deixa cela em véspera de ato de desagravo contra prisão e se diz injustiçado; veja vídeo

21 Fev 2017 - 20:22

Da Reportagem Local - Paulo Victor Fanaia Teixeira / Da Redação - Lucas Bólico

Foto: Paulo Victor Fanaia Teixeira / Olhar Direto

Francisco Faiad deixando Bombeiros

Francisco Faiad deixando Bombeiros

Após longas horas de espera, o advogado Francisco Faiad acaba de deixar o Corpo de Bombeiros, onde estava preso. Ele obteve habeas corpus na Justiça na noite de segunda-feira (20), mas só pode gozar da liberdade na noite desta terça-feira (21), após a juíza Selma Arruda assinar o alvará de soltura (veja aqui). Faiad se diz injustiçado e deixa a detenção às vésperas de um ato de desagravo contra sua prisão em resposta à “criminalização” da advocacia, em ato que deve contar até com a presença do presidente nacional da Ordem dos Advogados do Brasil, Cláudio Lamachia.
 

Leia também:
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Em rápida entrevista na saída do Corpo de Bombeiros, Faiad comentou a a experiência dos dias preso e reclamou que não foi ouvido em nenhum momento antes ou depois da operação. “Não é uma boa experiência,  mas eu garanto pra vocês que dentro do processo que eu não conheço ainda, que eu nunca fui ouvido, não fui intimado para prestar nenhuma declaração até hoje, eu vou me defender”, garantiu.
 
“Todos esses fatos que eu ouvi dizer que foram me imputados não são verdadeiros, eu tenho minha consciência tranquila, vocês conhecem a minha história, o meu passado, eu estou tranqüilo com relação a isso, foi uma grande injustiça, mas que durante o tempo e modo corretos eu vou apresentar minha defesa”, completou

Faiad estava preso na unidade em decorrência da quinta fase da Operação Sodoma, que identificou um esquema de corrupção no governo Silval Barbosa (PMDB) que drenava recursos públicos para quitar dívidas de campanha e arrecadar caixa para disputas futuras. De acordo com o Ministério Público, Faiad operou o esquema enquanto foi secretário de Administração e acabou beneficiado porque recursos públicos foram usados para quitar contas da campanha de 2012, quando concorreu à Prefeitura de Cuiabá como vice de Lúdio Cabral (PT).
 
Além disso, o advogado, ainda de acordo com o MP, teria ficado com R$ 192 mil, exatamente o valor estipulado como fiança pelo desembargador Pedro Sakamoto. O HC havia sido protocolado no último dia 15 pelos advogados Valber Melo e Ulisses Rabaneda.
 
Entenda

De acordo com as investigações, a organização criminosa atuaria por meio de dois eixos: cobrança de propina para fraudar licitação e superfaturamento no registro de gastos de combustíveis. O esquema funcionava principalmente dentro da Secretaria de Estado de Administração (SAD) e antiga na Secretaria de Estado da Secretaria de Transportes e Pavimentação Urbana (STPU). Organização criminosa teria lucrado R$ 8,1 milhões com os esquemas para beneficiar o núcleo político de Silval Barbosa. 

O MPE aponta que o esquema teria iniciado em 2011 quando o dono da empresa Marmeleiro Auto Posto Ltda, Juliano César Volpato, procurou o então secretário de Administração César Zílio para cobrar pagamentos atrasados a sua empresa. A partir de então, o secretário começou a cobrar propinas para regularizar os pagamentos.

O primeiro repasse, no valor de R$ 150 mil, serviu também para direcionar a cobrança de propina em novas licitações para fornecimento de combustível ao Governo do Estado. A partir daí, a “parceria” entre a empresa e a Secretaria se aprofundou, com a cobrança regular de propina, inclusive para prorrogar prazos dos contratos.

Paralelamente, a organização criminosa também atuava na Secretaria de Transportes, onde o servidor Alaor Alvelos Zeferino de Paula, lotado como Secretário-adjunto de Obras, modificava o registro da quantidade de litros de gasolina pagos para a empresa. As inserções de consumo “fictício” eram feitas também através do software da empresa Saga Comércio e Serviço Tecnologia e Informática Ltda., que gerenciava o fornecimento.

Parte desse valor desviado servia para pagar dívidas da campanha ao governo do Estado de Francisco Anis Faiad e Lúdio Cabral, em 2014. Faiad substituiu César Zílio na SAD e, segundo o MPE, "herdou" o esquema na secretaria, passando a atuar também na cobrança de propina e desvio de dinheiro junto a empresa de combustíveis Marmeleiro. 

Atualizada às 20h37.
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