O primeiro teste para as juras de amor feitas pelo prefeito Emanuel Pinheiro (PMDB), de Cuiabá, para o governador José Pedro Taques (PSDB), e vice-versa, tende a enfrentar momentos de tensão. Eles se encontram nesta quinta-feira (23), a partir das 17 horas, no Palácio Paiaguás, para tratar de questões institucionais – Estado e Município.
Emanuel já avisou que vai cobrar os repasses atrasados do Estado para a saúde da Capital. “Vou tratar de vários assuntos, mas prioritariamente, desejo equacionar a questão da saúde. Necessitamos da parceria do governo, por exemplo, nas obras do novo Hospital e Pronto Socorro Municipal, onde chegamos a ter 600 homens trabalhando e, hoje em dia, são apenas 50 ou 60. É um ritmo muito lento para uma demanda enorme”, argumentou ele.
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O chefe do Poder Executivo reconheceu que os atrasos nos repasses do Estado afetam, principalmente, o andamento das obras do novo Pronto-Socorro Municipal. Na parceria, o governo do Estado injeta R$ 50 milhões, enquanto à Prefeitura de Cuiabá cabe o investimento de R$ 31 milhões.
Nesse contexto, Emanuel Pinheiro argumentou que o Tesouro do Estado repassou R$ 15 milhões. Por isso, ele pediu a reunião com Taques, para que uma nova planilha seja apresentada e definida, de forma que as obras não sofram solução de continuidade.
“Sei que o governo está com problemas de caixa. Por isso, vamos pedir uma nova programação de desembolso financeiro para que possamos nos organizarmos, nas ações da saúde pública e nas obras”, sintetizou Pinheiro.
Teles Pires
Nesta terça-feira, durante no Palácio Paiaguás, Pedro Taques bateu o martelo para honrar R$ 15 milhões devidos Consórcio Vale do Teles Pires, responsável pela manutenção do Hospital Regional de Sorriso, sendo R$ 3,96 milhões de janeiro deste ano, pagos imediatamente.
Taques afirmou que os atrasos ocorreram devido às dificuldades financeiras que o Governo vem enfrentando. Ele argumentou também que a saúde é uma das prioridades de atuação do Executivo, com instalação de 204 Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) e auxílio com repasses até mesmo para os hospitais municipais.
