O Projeto de Lei Complementar que irá estipular um teto dos gastos públicos em Mato Grosso para os próximos anos já está 80% concluído e deve ser encaminhado no começo do próximo mês para a Assembleia Legislativa. Antes disso, no entanto, o Paiaguás irá apresentar o texto apenas para os parlamentares que dão sustentação ao governo Pedro Taques (PSDB) para que eles possam ser ouvidos.

Leia também:
Paulo Taques afirma que governo não teme desgaste do teto de gastos
 
O secretário-chefe da Casa Civil, Paulo Taques, confirmou em entrevista concedida na manhã desta quinta-feira (23) que o governo tem concentrado todos seus esforços nas últimas três semanas para concluir o projeto e revela que a proposta é muito dinâmica e acabou passando por alterações durante a sua elaboração.
 
“Ainda está sendo fechado, é um projeto que eu estou espantado de ver o quanto ele é dinâmico. Dinâmico no sentido de sofrer adaptações a cada dois, três dias, por momentos diferentes que passamos. Eu posso dizer que 80% dele já está fechado, vamos fechar o restante agora nesse período de carnaval e pós-carnaval e ai na volta dos deputados apresentamos para os deputados da base para eles analisarem e opinarem e ai depois apresentamos na Assembleia Legislativa”, adiantou o secretário.
 
Taques não esmiuçou o que já está definido pelo governo, mas apenas reforçou que em linhas gerais o projeto de lei estipula teto de gastos seguindo o modelo adotado pela União. “Nós vamos falar de fator previdenciário, vamos falar de salários - se congela, se não congela, se congela por quanto tempo. Tudo isso nós vamos falar nesse projeto de lei. Principalmente fazer o que está no nome, que foi dado a ele, teto de gastos. Vamos colocar teto nesses gastos ai”.
 
O chefe da Casa Civil afirmou que, segundo Guilherme Muller, que foi secretário de Dante de Oliveira e agora está no staff de Taques, a crise atual é muito maior do que qualquer uma enfrentada por Dante. “Eu já disse isso e repito, não tenho duvidas que o que nós estamos fazendo agora não é só para nosso governo, é para os governos que virão”, assegurou. “Estamos visando agora, depois e bem depois. São três momentos distintos: o agora, o bem ali e o lá longe. Até porque não adianta a gente fazer um planejamento para 2017 e para 2018 como se 19 não fosse chegar. É um projeto de médio para longo prazo”, continuou.
 
A lei complementar que estipula um teto de gastos foi um compromisso assumido pelo governador Pedro Taques (PSDB) com o Governo Federal. Todos os estados terão de estipular limites parecidos para continuarem a ter acesso a linhas de crédito.