O bebê de um ano e 11 meses que ficou um mês sofrendo com as dores de três fraturas que tem pelo corpo, em um sítio onde a família se escondeu, deixou a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) da Santa Casa de Cuiabá e tem uma boa evolução no seu quadro. O padrasto da vítima é apontado como o principal suspeito, porém, continua em liberdade. A criança não corre risco de morte.

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“A evolução está muito boa. Todo dia passamos no hospital para saber como ele está. O bebê está recuperando o movimento das mãos, já consegue pegar os brinquedos e apertar. Vão fazer uma cirurgia na perna, já que como ficou muito tempo quebrado, não tem como colocar gesso. Está bem cuidado e está tudo bem, não corre risco de morte”, explicou ao Olhar Direto a conselheira tutelar do bairro Jardim Glória, Neila Campos.
 
A ressonância magnética feita na vítima apontou um coágulo no cérebro, que está diminuindo com a administração de medicamentos. “O neuro ainda irá analisar tudo e dar uma posição quanto a esta questão de sequelas e tudo mais. Por enquanto, estamos focando na recuperação da criança. A avó conseguiu a guarda e está ansiosa para levá-lo para casa”, afirmou a conselheira.
 
A Delegacia Especializada de Defesa da Mulher, da Criança e do Idoso é a responsável pela investigação. Nesta semana, o tio da criança foi ouvido e também os vizinhos. Como não foi dado flagrante no caso, o padrasto e a mãe da criança estão em liberdade: “Vamos tentar de todos os meios que eles paguem pelo que fizeram”, garante a conselheira. O Conselho Tutelar também já proibiu que o casal se aproxime da vítima.
 
O caso
 
A Polícia Civil irá instaurar inquérito para apurar as agressões sofridas  por um bebê de um ano e 11 meses, na cidade de Várzea Grande. Em estado grave, a criança foi encaminhada na última sexta-feira para o Pronto-Socorro Municipal de Várzea Grande, mas transferida para a Santa Casa de Misericórdia de Cuiabá.
 
O bebê foi levado ao hospital pela mãe e pelo padrasto, que afirmaram para os médicos da unidade hospitalar que a criança havia engasgado  com um pedaço de bolo.  No entanto, com ferimentos incompatíveis a situação descrita, a médica informou a situação para Guarda Municipal e Conselho Tutelar.