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Sábado, 20 de abril de 2024

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Contrário à taxação, Maggi diz "em casa que falta pão, todo o mundo grita e ninguém tem razão”

Foto: Rogério Florentino Pereira / Olhar Direto

Contrário à taxação, Maggi diz
Num momento em que se ampliam as vozes em defesa da taxação do agronegócio, o ministro da Agricultura, senador Blairo Maggi (PP), afirma ser contrário e recorre a um velho adágio italiano para embasar a sua tese: “em casa que falta pão, todo o mundo grita e ninguém tem razão”. Nascido em São Miguel do Iguaçu (PR) e registrado em Torres (RS), Maggi é neto de imigrantes italianos.

 
Blairo Maggi entende que a crise econômica, via de regra, leva as pessoas, inclusive os governantes, a olharem para o segmento que apresenta os melhores resultados da atualidade, no caso, a agricultura e a pecuária. “Passamos por uma grave crise econômica em Mato Grosso e no Brasil. Então, as pessoas olham qual é o segmento que está melhor, na economia, neste momento. E pensam: ah, então vamos taxá-los!”, lamentou o titular do Ministério da Agricultura e do Abastecimento, após participar de evento da Federação da Agricultura de Mato Grosso (Famato), no Cenarium Rural, em Cuiabá.

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“Não é assim que funciona! No mundo inteiro, ninguém exporta impostos. O consumidor final não tem culpa das mazelas que o Brasil tem. Ou que os Estados Unidos ou que a Argentina, têm”, justificou Maggi, sobre a sua contrariedade em perceber que muitos olhem para o agronegócio como uma ‘ilha de prosperidade’.
 
“Se você quer competir no mundo inteiro, tem que competir com as mesmas regras que os outros têm”, observou ele.
 
A rediscussão sobre o Fundo de Compensação da Exportação (FEX) é crucial, na avaliação de Blairo. “Se a Lei Kandir necessita de ajustes? Sim, necessita! Deve-se rever [o valor da] compensação. Eu também já fui governador e reclamei muito. Se pegar a Lei Kandir, na época (1997), previa durante 10 anos a devolução por parte da União dos impostos que os estados estavam deixando de arrecadar”, lembrou ele.
 
Do bolo total do FEX, Mato Grosso tem direito a quase 10%, sendo o maior beneficiário individual. Na sequência, vêm Minas Gerais e Pará, que exportam minérios. “Hoje em dia foi criado o FEX, mas não existe a obrigatoriedade [da devolução do dinheiro]. Mato Grosso é o que tem o maior índice – em torno de 9,5%. O maior Estado com direito ao bolo do FEX. É insuficiente? Sim! Eu acho que deveria ser mais, pelo esforço que os exportadores fazem”, orientou Maggi.
 
O senador mato-grossense José Aparecido Cidinho Santos (PR), que substitui Maggi no Senado, é um dos que vai liderar o debate sobre o tema, no Congresso. O senador mato-grossense Wellington Fagundes (PR) já apresentou projeto de lei, no Senado, que torna obrigatória a quitação do FEX, mas não fixa valores.
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