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Sexta-feira, 19 de abril de 2024

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acusado de corrupção

Presidente do Siagespoc nega desvio de quase R$ 40 mil e aponta jogo político

Foto: Reprodução Siagespoc

Presidente do Siagespoc nega desvio de quase R$ 40 mil e aponta jogo político
Acusado por corrupção e desvio de dinheiro, o presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Polícia Civil de Mato Grosso (Siagespoc), Cledison Gonçalves, alega estar sendo alvo de falsas denúncias, motivadas por interesses políticos. Munido com documentação e recibos ele explicou, em entrevista ao Olhar Direto, que todos os gastos são devidamente fiscalizados pela diretoria, e que os benefícios pagos a ele são os mesmos repassados a todos secretários. O que inclui o secretário geral  do Sindicato, Leonel Reis dos Santos, responsável pelas acusações.


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De acordo com Cledison, todos os membros da gestão recebem uma bonificação que varia de R1500 a R$ 2000 pelo trabalho. A quantia, no entanto, também seria questionada por Leonel, em ação que corre na 10ª Vara Civel da Comarca de Cuiabá e está submetida à análise da juiza Sinii Savana Bosse Saboia Ribeiro. Sobre uma transferência de 38.219,00 da conta do Siagespoc para a conta de sua filha, ele alega se tratar do reembolso de quantias pessoais gastas com a instituição.

“Quando começamos a gestão não havia dinheiro em caixa, então foi feito um acordo de que eu pagaria alguns gastos com meu próprio dinheiro e seria ressarcido depois. Todos os valores estão registrados em documentos, incluindo os recibos de depósitos feitos para mim e para os secretários. Se este pagamento é ilegal, então ele também estaria agindo fora da lei? É um tipo de denúncia que não faz nem sentido”, disse.

O sindicalista afirma que o secretário geral quer provar que a diretoria está errada, que todos são corruptos, menos ele, destacando que o denunciante está sozinho nesta posição,  não compartilhada pelos demais membros. “O que existe de concreto mesmo, em todo esse imbróglio criado pelo secretário, é a sua vontade de dar um golpe e assumir o cargo de presidente do Siagespoc”, acusa o sindicalista. 

Outras supostas irregularidades apontadas  por Leonel seriam pagamentos das contas telefônicas do celular e da residência de Cledison com dinheiro do Siagespoc; contratação de advogados, jornalistas e outros profissionais com ganhos altíssimos sem autorização da diretoria; sonegação de impostos, já que todos os contratados não emitem as convenientes notas fiscais, facilitando o caixa 2; falsificação que atas das reuniões; pagamento de ajuda de custo aos membros da Diretoria, à exceção do investigador denunciante e acumulação indevida de cargos.

Diante disso, o presidente alega que as contas dizem respeito a seu telefone funcional, utilizado integralmente para atender situações de colegas em diferentes partes do Estado. Além disso, diz que as contratações foram devidamente aprovadas pelos responsáveis e nega a existência de caixa 2. “Ele, que é o secretário geral, tem se negado a entregar as atas das reuniões para que possa ser comprovado que tudo isso passou pelo crivo da gestão. Se ele está dizendo a verdade, por que não as entrega? As atas também são assinadas por ele, que também participou das reuniões.”

Cledison também rebate o questionamento sobre acumulo de cargos, sendo eles os de presidente do Siagespoc e presidente da representação em Mato Grosso da central Sindidal UGT – União Geral dos Trabalhadores. “Ele não sabe nem como isso funciona e está me acusando. A representação na UGT é feita pelos presidentes de sindicatos, uma vez que se trata de uma central sindical. Não há nada de errado nisso, poderia ser qualquer outro presidente de outro sindicato a ocupar esse cargo.”

Boletim de ocorrência e outro lado 

Recentemente um boletim de ocorrência foi registrado por Gonçalves, que afirma que o secretário assinou um documento na condição de representante do sindicato, quando esse papel cabe ao presidente.“Eu registrei dois boletins de ocorrência contra ele, um por calúnia outro por fraude processual e falsidade ideológica, para que ele responda na Justiça pelos atos que vem cometendo”, disse.

Ao Olhar Direto, Leonel reforçou que se for intimado, comparecerá e dará sua versão em juízo, se defendendo como determina a lei. De acordo com ele, os questionamentos feitos à gestão não se tratam de denúncias e foram levados à Justiça para que seja esclarecida sua legalidade. "Eu não estou o denunciando de nada. Reuni os documentos e levei a juízo para saber se pode ou não o que ele vem fazendo. Quem vai dar essa resposta não sou eu ou ele, e sim a Justiça. Por isso vou aguardar o pronunciamento do juízo."
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