A Associação de Repórteres Fotográficos e Cinematográficos, a Arfoc, repudiou a atitude de policiais militares que prenderam o repórter fotográfico do portal Olhar Direto, Rogério Florentino Pereira, enquanto atuava em cobertura da ‘Operação Pérfidos’, na manhã desta quarta-feira (29). Rogério recebeu voz de prisão pouco depois de desentendimento com um agente do Sistema Prisional, que fazia o transporte de um preso para o Fórum de Várzea Grande. O preso em questão não tinha envolvimento com a operação, que acontecia na Prefeitura de VG, ao lado. Rogério estava no local apurando o fato.
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Repórter fotográfico do Olhar Direto é preso quando participava de cobertura jornalística
“Nós repudiamos veementemente qualquer tipo de agressão, por parte de qualquer agente público, seja ela de qualquer natureza, verbal ou física”, disse o presidente da Arfoc, Alberto Jacó. Segundo Jacó, a atitude não é isolada e acontece com frequência com profissionais da fotografia, uma vez que “contra imagens eles não podem discutir”.
“Nenhum tipo de abuso de autoridade se justifica, mas isso acontece com frequência porque eles não podem discutir com uma imagem, então acabam tentando reprimir o trabalho dos repórteres fotográficos. Este fato não é isolado”.
Conforme o presidente da Arfoc, a Associação sempre recomenda que, nessas situações, o Ministério Público seja notificado para que as providências cabíveis sejam tomadas e os responsáveis pela “ação truculenta” sejam devidamente responsabilizados.
“A própria Secretaria de Segurança Pública deveria intervir e afastar o policial, nem que seja para que o mesmo passe por um treinamento. Esse tipo de profissional não pode ficar na rua, cerceando e provocando um atentado à liberdade de imprensa”, disse.
Entenda o caso
Rogério Florentino Pereira, foi detido na manhã desta quarta-feira (29) quando participava da cobertura da ‘Operação Pérfidos’, da Delegacia Fazendária, que investiga possíveis desvios de até R$ 60 milhões, na Prefeitura de Várzea Grande.
Rogério realizava imagens na entrada do Fórum de Várzea Grande, quando houve um desentendimento com um agente prisional. Uma policial militar da guarda do Fórum Municipal não aceitou a argumentação e prendeu o jornalista.
O fotógrafo ficou cerca de 20 minutos detido antes de ser conduzido à Central de Flagrantes em Várzea Grande.
Rogério Florentino compareceu à Delegacia Central de Ocorrências de Várzea Grande, prestou esclarecimentos e foi liberado. O editor geral do Olhar Direto, jornalista Lucas Bólico, acompanhou-o na delegacia.
