As investigações sobre uma suposta venda de vaga no Tribunal de Contas de Mato Grosso (TCE) para beneficiar Sérgio Ricardo no passado e a prisão de cinco conselheiros de Contas do Rio de Janeiro devem beneficiar quem o deputado José Domingos Fraga (PSD) na disputa pela cadeira aberta na Corte de Contas do Estado, pelo fato de ele possuir maior experiência e história. Essa é a avaliação do próprio José Domingos, que acredita contar com 16 votos dentro os 24 da Assembleia Legislativa.

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“Acho que ninguém ousaria tão pouco de vender, tão pouco de comprar, em razão do que está acontecendo não só aqui em Mato Grosso, como no Rio de Janeiro e como vai acontecer nos Tribunais de Contas pelo país. Ninguém é bobo de fazer isso na atual conjuntura. Então acredito que vai prosperar aquele que tem uma história maior, maior experiência e preenche de fato todos os requisitos”, argumentou Zé Domingos, na tarde desta quinta-feira (30).

O parlamentar ainda explicou que se considera o candidato mais completo ao cargo por ter sido prefeito de Sorriso por três vezes. Segundo ele, isso lhe confere a maior experiência em administração pública, uma vez que os outros candidatos, os deputados Guilherme Maluf (PSDB) e Sebastião Rezende (PSC), nunca administraram um município.

“Administração pública tem que ordenar despesa, tem que conhecer de questão patrimonial, questão de recursos humanos, um pouco de questão financeira e contábil. Isso sim são os eixos que preenchem o requisito da experiência em administração pública que os outros não tem”, argumentou.

União

Dilmar e Zé Domingos trocam figurinhas durante lançamento do Pró-escola

Enquanto isso, o líder do governo da Assembleia Legislativa, deputado Dilmar Dal’Bosco (DEM), continua a afirmar a necessidade de levar a discussão da disputa pela vaga no Tribunal de Contas para dentro da base governista, que é maioria. Como os dois principais candidatos são da base de sustentação do governador Pedro Taques (PSDB), ele quer costurar um consenso para evitar rachas.

“O que eu disse é que temos dois deputados da base aliada do governo e temos que trazer esse assunto para dentro da casa. Não só do PSDB, mas do PSD, do DEM, para não por em votação dois nomes e ter um racha. Temos que definir o nome que vamos indicar para ser votado dentro do parlamento como consenso”, pontuou Dilmar.

Por sua vez, José Domingos pontua que aceita o consenso se ele respeitar sua idade e experiência, além das discussões já feitas pelo cargo. “Acredito que hoje, no mínimo 16 votos. Consenso desde que respeite minha idade e minha experiência”, concluiu Zé Domingos.