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Quinta-feira, 28 de março de 2024

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Taques condena “populismo fiscal” e governadores engrossam coro em defesa de reforma da Previdência

Foto: Mayke Toscano / GCom MT

Taques condena “populismo fiscal” e governadores engrossam coro em defesa de reforma da Previdência
O risco de não haver recursos para pagar os aposentados, pensionistas e até mesmo os servidores públicos é que exige urgência na reforma da Previdência Social. Por conta do quadro pintado como dramático é que o governador José Pedro Taques (PSDB) exortou os governadores do Consórcio Brasil Central a arregaçar as mangas e assumir a discussão, com o Congresso Nacional e o presidente Michel Temer (PMDB), para assegura que seja constituído um novo modelo previdenciário.

 
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Somente em Mato Grosso, a Previdência vai provocar um déficit superior a R$ 750 milhões neste ano e quase R$ 1 bilhão, em 2018. “Temos que afastar do Brasil o populismo fiscal, senão nós não ultrapassaremos esta chuva [como diz um velho ditado mato-grossense]. Não há doença grave que se cure com remédio doce. A doença é muito  grave! Precisamos de medidas, na mesma razoabilidade. Na mesma proporcionalidade. É importante este evento para que a sociedade destes estados possa entender que não é problema isolado de uma unidade federativa, mas, sim, um problema nacional. Todos os estados e o Distrito Federal estão padecendo do mesmo mal”, argumentou Taques, para a reportagem do Olhar Direto.
 
O chefe do Poder Executivo de Mato Grosso estava ao lado dos governadores Marconi Perillo (PSDB), de Goiás; Confúcio Moura (PMDB), de Rondônia; Rodrigo Rollemberg (PSB), do Distrito Federal; Marcelo Miranda (PMDB), do Tocantins; e os vice-governadores Carlos Brandão Júnior (PSDB), do Maranhão; e  Rose Modesto (DEM), de Mato Grosso do Sul.
 
“Nós estamos trabalhando com fluxo de caixa e transferindo o problema para frente. Nós temos que resolver agora, sob pena de não chegarmos a médio prazo”, advertiu o governador mato-grossense.
 
“A época de jogar para a galera já não existe mais. Precisamos fazer a reforma e eu defendo que os estados estejam presentes na discussão. A mudança de posição da União para o caso dos servidores públicos estaduais e municipais precisa ser melhor discutida”, sintetizou o goverandor mato-grossense. “Não aguentamos mais ajudar a União em seu superávit primário! Já levamos isso ao presidente Temer e temos postura firme, no Colégio de Governadores, coordenado pelo Rodrigo Rollemberg”, emendou Pedro Taques.

Confúcio Moura defende que os  militares recebam o mesmo tratamento dos demais trabalhadores. “Sim, a reforma deve incluir os militares que se aposentam com 46 ou 47 anos e vão morrer com 100 anos. Os estudos mostram que um servidor público fico amarrado à Previdência por 120 anos. Ele se casa uma vez, depois, um novo casamento; e, na UTI, se casa com a enfermeira. Deixa um montão de filhos. Fica na boca da previdência por 120 anos”, explicou ele. “Para quem não sabe, até hoje tem descendentes da Guerra do Paraguai que ainda recebe pensão. Que país é esse?”, questionou Confúcio Moura.
 
Já Rosa Modesto assegurou que é hora de ter coragem. “Ou a gente encara com transparência e com a verdade,  ou vamos pagar caro no futuro. Momento é delicado, porque é momento de mudança, que sempre provoca transtornos e reações, mas o tempo vai dar resposta de que o Brasil está sendo passado a limpo”, ponderou a vice-governadora de Mato Grosso.
 
No quarto mandato, Marconi Perillo fez um autêntico desabafo. “Se não resolvermos a questão previdenciária, neste momento, em 15 anos servidores e aposentados não receberão seus salários. Assumimos a responsabilidade cívica neste momento ou o Brasil vai falir em poucos anos. Aliás, alguns estados estão já estão em colapso e outros vão  entrar”, emendou Perillo.
 
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