Principal entusiasta da conclusão das obras do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), o deputado Wilson Santos (PSDB) vai reassumir por pouco tempo a secretaria de Estado de Estado das Cidades (Secid). O anúncio partiu do governador José Pedro Taques (PSDB) que não quis fixar prazo e optou pela palavra breve, para definir o período em que o parlamentar tucano permanecerá na Assembleia Legislativa de Mato Grosso.
“Lógico que Wilson retorna [como titular da Secid]. Ele só foi cumprir uma missão lá [no Poder Legislativo] e vai voltar para a Secretaria”, assegurou o governador, par a reportagem do
Olhar Direto, nesta quarta-feira (12), durante o 1º Fórum de Gestão Cultural, no Cine Teatro Cuiabá.
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Então no PDT, Pedro Taques demonstrou confiar na capacidade de articulação de Wilson. Tanto que, em fevereiro de 2015, convocou para exercer a liderança do Poder Executivo, na Assembleia Legislativa. Além da confiança, ele aproveitava também os anos de ‘janela’ do deputado tucano, que já tinha exercido vários mandatos de deputado estadual e federal.
Wilson Santos pediu exoneração da Secid na última segunda-feira (10) para retomar o mandato, no Edifício Dante Martins de Oliveira, por um período de 15 até 60 dias. O deputado estadual Jajah Neves (PSDB) retornou à primeira suplência.
O principal desafio de Santos é convencer os membros da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Obras da Copa do Mundo, principalmente o deputado Oscar Bezerra (PSB), de que o acordo firmado com o Consórcio VLT para retomada das obras do modal é viável, para o Tesouro do Estado. Santos foi membro da CPI.
O governo de Mato Grosso firmou compromisso com o Consórcio para a conclusão do VLT em 24 meses, no valor de R$ 922 milhões. Taques e Santos asseguram que Mato Grosso está conseguindo uma economia de quase R$ 500 milhões e submeteram o contrato à análise do Ministério Público do Estado (MPE) e Ministério Público Federal (MPF).
Oscar Bezerra não aceita a argumentação e defende que o relatório final da CPI das Obras da Copa seja votado no Plenário das Deliberações Renê Barbour, antes de retomar as obras.