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Sábado, 20 de abril de 2024

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Após rebelião deixar cinco mortos e 27 feridos, detentos trabalham para reparar presídio

Foto: Sejudh-MT

Após rebelião deixar cinco mortos e 27 feridos, detentos trabalham para reparar presídio
Reeducandos da Penitenciária Dr. Osvaldo Florentino Leite Ferreira, o “Ferrugem”, em Sinop, trabalham juntos com equipes do sistema prisional para organizar e realizar reparos emergenciais nas áreas e estruturas afetadas pela rebelião ocorrida na unidade entre terça-feira e quarta-feira (11 e 12). Eles trabalham na reconstrução de paredes, soldagem de grades e portas.


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Durante a rebelião, houve confronto entre presos e agentes prisionais. Cinco detentos morreram, quatro deles em confronto e um após sofrer um infarto. As identidades confirmadas dos mortos são: Bruno Aparecido Bezerra Bueno, 21 anos, preso por homicídio; Reginaldo Agostinho, 31 anos, que respondia pelo crime de tráfico de drogas; Marcelo Viturião Carvalho, 22 anos, preso por roubo qualificado; Isauro Pedro Gonçalves, 69 anos, que respondia por crime sexual e Raimundo Rocha, 52 anos, preso por tentativa de homicídio. Raimundo morreu por infarto e havia sido identificado erroneamente no Instituto Médico Legal de Sinop por familiares de outro detento.

Outros, 27 presos ficaram feridos nos confrontos. Eles foram socorridos, com os casos mais graves sendo encaminhados ao Hospital Regional de Sinop e os outros atendidos pela equipe de saúde na própria penitenciária. Nenhum agente penitenciário ou servidor da unidade ficou ferido na ocorrência.

A rebelião começou por volta das 11h de quarta-feira e começou entre 5h30 e 6h da terça-feira, 11 de abril. Os presos começaram a bater nas grades no momento em que os agentes penitenciários se preparavam para a troca de serviço. Agentes que estavam nas torres de vigilância observaram uma movimentação estranha e quando foram verificar o que estava acontecendo no raio Azul, foram recebidos com disparos de arma de fogo. Mesmo diante do confronto, os agentes não recuaram. “Essa posição foi fundamental para que os detentos não tomassem toda a unidade, evitando que se espalhasse para outras áreas do presídio”, explicou o secretário de Justiça e Direitos Humanos, Airton Siqueira Junior.
 
A segurança foi reforçada dentro da penitenciária e também no perímetro externo para garantir a ordem na entrada da unidade e evitar outras ocorrências. Durante todo o período permaneceram dentro da unidade, agentes penitenciários, Serviço de Operações Penitenciárias Especializadas (SOE), policiais da Ronda Ostensiva Tática Móvel, Força Tática, Polícia Civil, Polícia Militar e Corpo de Bombeiros.

De acordo com informações da Secretaria de Estado de Justiça e Direitos Humanos, a rebelião na penitenciária de Sinop terminou de forma pacífica graças a intermediação do comitê de crise, crise criado por representantes do Sistema Penitenciário e Forças de Segurança do Estado, Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e Defensoria Pública, na manhã de quarta, quando os presos entregaram as armas e se renderam. Das armas entregues, uma é de fogo e as outras são artesanais.

Já no início da tarde de quarta-feira, os detentos foram encaminhados às quadras externas da carceragem para contagem nominal e revistas. Também foram removidos os entulhos, objetos quebrados, além de feita a triagem de colchões e roupas com possibilidade de serem reutilizados. Todo o trabalho é coordenado por agentes do presídio com apoio de outros profissionais do Sistema Penitenciário. 
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