Calcanhar de Aquiles do governo de Mato Grosso há vários anos, com agravamento desde 2012, a Secretaria de Estado de Saúde contará com uma força-tarefa composta pela maioria dos órgãos estaduais, inclusive secretários de Estado. A ordem partiu diretamente do governador José Pedro Taques (PSDB) para todo o staff dê suporte ao trabalho desenvolvido pelo novo secretário de Estado de Saúde, Luiz Vitório Soares, com sua equipe, especialmente para atualizar os repasses para os fundos municipais e hospitais regionais e conveniados.
Pedro Taques disse que não “se acha” um especialista em saúde pública e que confia a operacionalização aos técnicos. “Sem profissionais com expertise, não vamos a lugar nenhum. Infelizmente, no Brasil, os políticos são achistas. E eu não sou achista. Confio em trabalho técnico e vamos virar a chave da saúde”, argumentou o chefe do Poder Executivo.
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“Ou a gente encara com transparência e com a verdade, ou vamos pagar caro no futuro. O momento é delicado, porque é momento de mudança, que sempre provoca transtornos e reações, mas o tempo vai dar resposta de que fizemos a coisa certa”, afirmou Taques, recentemente, após inaugurar a Central de Regulação do Sistema Único de Saúde de Mato Grosso e sede do Serviço de Atendimento Médico de Urgência (Samu), no prédio antigo Hospital e Pronto Socorro Modelo.
Todos os secretários de Estado estão orientados a contribuir com Luiz Soares, quando solicitados. “Você ouve sem escutar. E vê sem enxergar. Estamos melhorando a saúde e muita gente não deseja ver nem escutar, porque prefere a crítica fácil”, ponderou ele, ao lembrar que o seu governo atende tanto o estrutural quanto o conjuntural.
Pedro Taques confirmou que vai construir três hospitais regionais: Porto Alegre do Norte, Tangará da Serra e Comodoro, além de reestruturar o Hospital Metropolitano do Cristo Rei, em Várzea Grande.
“A implantação do Hospital Regional em Tangará da Serra é um compromisso meu com população. Em Porto Alegre do Norte e Comodoro são obedecidos critérios técnicos. Sabemos da necessidade de uma unidade de saúde para o médio norte do Estado. Vamos investir cerca de R$ 110 milhões com a construção, hotelaria e equipamentos para o Hospital de Tangará”, ponderou Taques.
O governador observou que está preparando a saúde para além do seu mandato, que se encerra em dezembro de 2018. “Muita coisa [implantada agora] pode funcionar quando eu não serei mais governador. O mandato é temporal. Espaço de tempo. O Estado é atemporal. Precisamos de ações”, pontuou ele.
Luiz Soares é o quarto a comandar a Secretaria de Estado de Saúde, no governo Taques. O primeiro foi Marco Aurélio Bertúlio, seguido por Eduardo Bermúdez e, por último, João Batista Pereira, que pediu demissão em março.
Credenciado por ter sido seis anos secretário de Saúde de Cuiabá e um ano em Várzea Grande, além de quatro vezes deputado estadual, Luiz Soares recebeu de Taques plena autonomia para tocar a pasta. E o reforço representado pela força-tarefa demonstra que o governador escolheu Soares para acertar os problemas da Secretaria de Saúde.
