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Sexta-feira, 29 de março de 2024

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PREFEITURA NOTIFICOU

Esgoto do CPA continua sendo despejado ‘in natura’ no Parque das Águas e peixes estão morrendo

Foto: Carolina Holland / G1

Esgoto do CPA continua sendo despejado ‘in natura’ no Parque das Águas e peixes estão morrendo
Problema de décadas previsto para ser resolvido antes da inauguração do Parque das Águas, em fins de 2016, o despejo de esgotamento sanitário ‘in natura’ no leito do Lagoa Paiaguás atingiu o ápice, nas últimas semanas. O excesso de dejetos sem tratamento está reduzindo drasticamente o nível de oxigênio na água da lagoa e o resultado é perverso: morte de várias espécies de peixes e redução do pássaros que frequentavam as imediações.

 
A primeira leva de mortandade de pescado ocorreu em meados de 2016 e voltou acontecer neste início de maio. Além da morte dos peixes, em determinados horários, o odor se torna insuportável, principalmente para quem está no Residencial Paiaguás e na sede do Departamento Estadual de Trânsito (Detran) de Mato Grosso.

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O secretário municipal de Serviços Urbanos, José Roberto Stopa, afirmou que a Prefeitura de Cuiabá já notificou o governo de Mato Grosso e outros órgãos públicos várias vezes, para que faça a coleta e tratamento do esgotamento sanitário do Centro Político e Administrativo (CPA). “É essencial que [o esgoto] seja coletado corretamente e, depois, tratado de forma adequada, antes de ser jogado no leito da lagoa”, argumentou Stopa, para a reportagem do Olhar Direto.
 
Roberto Sotopa observou que, se providências não forem tomadas, a Prefeitura de Cuiabá vai entrar com representação no Ministério Público do Estado (MPE) para que obrigue o governo e outros órgãos, como Tribunal de Justiça e Tribunal de Contas do Estado (TCE), a investirem em coleta e tratamento de esgoto.
 
A Secretaria da Casa Civil esclareceu que a maioria dos prédios do complexo CPA são antigos, alguns com quase meio século, e o projeto da rede de esgoto elaborado em 2013-14 teve que ser refeito desde o seu conceito.
 
“Fizeram um projeto [no governo anterior] que não levou em consideração que muitos edifícios têm quase 50 anos e correriam até o risco de ter a integridade estrutural abalada, em caso de execução da rede de esgoto no formato proposto. Agora o projeto está sendo melhorado, para o governo busque fontes de recursos que possam financiar o investimento”, esclareceu o representante da Casa Civil.
 
Parte dos dejetos do polo urbano que concentra os poderes constituídos de Mato Grosso transformou a lagoa em um leito fedorento de aspecto sujo e, agora, matando a vida. E, desta forma, o Parque das Águas, construído para ser o principal cartão postal de Cuiabá, se vê na armadilha das eternas improvisações do poder público, quando se trata de saneamento básico.
 
Fazer parte de uma área de preservação ambiental há mais de 20 anos parece não ser o suficiente para que a Lagoa Paiaguás fique livre de agressões. O esgoto é jogado in natura e a reportagem do Olhar Direto flagrou uma mancha de esgoto invadindo parte da lagoa.
 
O projeto em fase de revisão prevê a implantação do emissário, estação de tratamento e redes coletoras de esgoto nos órgãos públicos do Centro Político e Administrativo de Mato Grosso. 
 
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