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Sexta-feira, 29 de março de 2024

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ALVO DE “GRAMPOS”

Advogado ressalta “fragilidade” da Justiça e diz que vai processar responsáveis por supostas escutas ilegais

Foto: Olhar Direto

Advogado ressalta “fragilidade” da Justiça e diz que vai processar responsáveis por supostas escutas ilegais
O advogado José do Patrocínio, que atuou na coordenação jurídica da campanha PT- PMDB em 2014, na chapada encabeçada pelo então candidato ao Governo do Estado Lúdio Cabral, afirmou que é um dos alvos das supostas interceptações telefônicas clandestinas praticadas pelo Executivo.


Em entrevista, nesta sexta-feira (12), o advogado destacou a “fragilidade” da Justiça ao permitir que cidadãos comuns tenham seu sigilo quebrado sem a devida apuração dos fatos. Além disso, Patrocínio afirmou que tão logo tiver conhecimento das investigações irá acionar judicialmente os responsáveis pelas escutas ilegais.

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“A sociedade brasileira está totalmente fragilizada com relação às autoridades competentes, porque quando se quebra um sigilo eles não estão verificando qual a procedência dos determinados alvos. Então, o nosso telefone pode estar sendo monitorado, ou seja, um Big Brother existe sem que a gente tenha conhecimento”, afirmou.

Patrocínio disse que soube de seu envolvimento no caso por meio de um repórter de uma emissora nacional, que veio à Cuiabá para produzir uma reportagem especial sobre o assunto, e lhe procurou para prestar esclarecimentos.

Segundo o advogado, o jornalista o informou que as interceptações estariam sendo realizadas desde 2014, época que segundo ele corriam ações – de sua autoria – contra o atual governador do Estado Pedro Taques (PSDB).

“Eu conversei com o repórter ontem e ele disse que meu telefone está grampeado desde 2014. Quem acompanha o processo eleitoral tem conhecimento que eu era coordenador jurídico da campanha PMDB-PT, na disputa do cargo majoritário do Lúdio Cabral. Lembrando também que eu tinha ação de investigação contra o atual governador, para tratar de casos graves envolvendo a sua campanha. Qual seria o interesse? Simplesmente saber, eu suponho, qual a ideia, a linha defesa e de acusação” revelou Patrocínio.

“O que ele [repórter] me perguntou era se eu sabia o que estava sendo investigado e, quando eu olhei na petição o que estava escrito era tráfico internacional de entorpecentes, esse é o pedido para o juiz. Tem várias pessoas envolvidas e no elenco eles submetem dezenas de pessoas, envolvendo advogados, jornalistas. Pode ser que algum de vocês esteja com o telefone grampeado”, disse durante entrevista.

Conforme Patrocínio, as interceptações foram viabilizadas por meio de um esquema conhecido como “barriga de aluguel”, quando os números de telefone de cidadãos que não são relacionados a uma investigação são inseridos em um pedido judicial de quebra de sigilo.

“A minha reação, em um primeiro momento, foi de surpresa, perplexidade. Eu me questionei se seria uma investigação na esfera eleitoral, sobre crime eleitoral, porque aí poderia ter uma eventual procedência. Foi quando ele [repórter] me disse que eu não era réu, mas sim vítima de um processo do staff do atual governo que ouviu políticos, advogados e jornalistas”.

Por fim, o advogado afirmou que está se inteirando do processo e, à medida que tiver conhecimento dos autos deverá processar os responsáveis pelo “grampo”.

“Eu tenho que conhecer, preciso saber tim tim por tim tim o porquê e de que forma foi levantado isso. Eu preciso conhecer o processo criminal, tudo que eu sei são informações que eu tive ao conceder uma entrevista. A medida que eu tiver conhecimento, independente do órgão de classe, o que está em jogo é a minha honra, a minha honestidade. Quem errou, seja lá quem for, vai ter que pagar”, pontuou.

 
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