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Sexta-feira, 29 de março de 2024

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Coronel Zaqueu segue para o Bope e cabo acusado de escutas ilegais vai para a Rotam

Coronel Zaqueu segue para o Bope e cabo acusado de escutas ilegais vai para a Rotam
O  coronel da Polícia Militar e ex-comandante geral da Instituição,  Zaqueu Barbosa, 47 anos, foi ouvido no Fórum de Cuiabá e segue para a sede do Batalhão de Operações Especiais (Bope). Já o cabo da Polícia Militar, Gerson Luiz, irá para a sede da Ronda Ostensiva Tático Metropolitana (Rotam). A informação foi confirmada na tarde desta quarta-feira pela assessoria da Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp).


Os dois foram presos acusados de organizar um esquema de escutas ilegais em Mato Grosso na tarde desta terça-feira, 23.  Os dois não foram encaminhados para sede do Instituto Médico Legal (IML) para exame de corpo delito. Os dois, de acordo com a Sesp, foram avaliados por um perito criminal no Fórum e, somente após o procedimento, levados para as unidades onde permanecerão até a revogação da medida cautelar. Ainda de acordo com a Sesp, como a decisão de prisão foi de ofício pelo juiz, e a audiência de custódia realizada no mesmo dia, é de praxe que o exame seja feito nas dependências do Fórum.

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No decreto de prisão, o juiz Marcos Faleiros,  da 11ª Vara Criminal, avaliou: "o suposto esquema de grampos clandestinos militares, feito por alguns policiais militares, tinha a finalidade de espionagem política, escuta de advogados no exercício de sua função, jornalistas – cujo sigilo da fonte é constitucional, desembargadores, deputados – com foro de prerrogativa, médicos – cuja relação com o paciente também é sigilosa, inclusive de “amantes”de poderosos, e estima-se que foram grampeados ilegalmente entre 80 e 1000 terminais, não se sabendo ao certo", diz um trecho da ordem de prisão.

 Ainda segundo o magistrado, a interceptação telefônica militar é um instrumento à disposição da auditoria militar para apuração de crimes militares e qualquer outra interceptação deve ser provocada pela Polícia Civil.

"O coronel Zaqueu, ao determinar, anuir e/ou aquiescer em ação militar clandestina de interceptação na cidade de Cáceres/MT, em usurpação de função pública, pode ter cometido o tipo penal do art. 169".

Ele ainda considerou que a prisão preventiva  é necessária por força do art. 255 "porque as práticas supostamente efetivadas pelo Coronel Zaqueu e pelo CB Gerson Luiz Ferreira Correa Júnior prejudicaram sobremaneira a Polícia Militar e o Poder Judiciário, comprometendo perante a sociedade o controle da criminalidade, ao perpetrarem escutas militares de jornalistas, deputados, desembargadores e até “amantes”, ao arrepio da lei.

Os grampos foram conseguidos na modalidade “barriga de aluguel”, quando investigadores solicitam à Justiça acesso aos telefonemas de determinadas pessoas envolvidas em crimes e no meio dos nomes inserem contatos de não investigados. Neste caso específico, as vítimas foram inseridas e uma apuração sobre tráfico de drogas. O ex-secretário de Segurança Pública, Mauro Zaque, afirmou que informou ao governador do Estado sobre o esquema e Pedro Taques, em coletiva à imprensa, afirmou que é vítima de vingança pessoal e determinou ainda imediata apuração do esquema.
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