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Segunda-feira, 18 de março de 2024

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ALVO DE CRÍTICAS

Gilmar Fabris vai pedir que Ministério Público apure supostas irregularidades em Hospital de Sorriso

Foto: Rogério Florentino Pereira / Olhar Direto

Gilmar Fabris vai pedir que Ministério Público apure supostas irregularidades em Hospital de Sorriso
O deputado estadual Gilmar Fabris (PSD) afirmou, em uma coletiva de imprensa na tarde desta sexta-feira (26), que vai encaminhar ao Ministério Público Estadual (MPE) os contratos firmados entre o Governo do Estado e a empresa Roberto Satoshi & Cia Ltda-ME, cujo dono é o médico Roberto Satoshi Yoshida, ex-diretor clínico do Hospital Regional de Sorriso.

A documentação, segundo Fabris, endossa seu posicionamento de que o médico, que chorou durante uma entrevista sobre a precariedade do hospital, seria “mentiroso e malandro”.

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“Vou passar esses documentos aos senhores para mostrar que o que eu falei na tribuna procede. Vou mandar isso aqui inclusive ao Ministério Público, vou encaminhar também para o Conselho de Medicina e, se eu estiver errado eu volto atrás. Pior do que seguir com o erro é não saber reconhece-lo, mas aqui quem errou foi aquele senhor que chorou”, afirmou o deputado.

De acordo com os registros disponíveis no Sistema Integrado de Planejamento, Contabilidade e Finanças (Fiplan), da Secretaria Adjunta do Tesouro Estadual (Sate/Sefaz), o governo de Mato Grosso pagou a empresa de Yoshida, este ano, R$ 510 mil. No ano passado a Roberto Satoshi recebeu R$ 904,7 mil e, em 2015, foram pagos R$ 1,83 milhões. 

Em tese, o médico não poderia ter empresa que fornece para o Hospital Regional de Sorriso, já que exercia a função de diretor-técnico da unidade.

No início da semana, durante entrevista à imprensa de Sorriso, Roberto Yoshida se emocionou e até chorou frente às câmeras, para retratar o quadro vivido pelo Hospital Regional. Ele enfatizou que os problemas poderiam culminar no fechamento da unidade e denunciou até falta de comida e materiais medicinais básicos.

“Em momento algum eu disse que o Hospital de Sorriso não está faltando [comida e materiais]. Mas quando eu usei a tribuna eu falei sobre um cidadão, que é médico, que chorou e mandou aquela matéria para o Brasil todo e que, comoveu até meus pais e minha esposa. Para mim, o choro dele não é por causa da falta de nada, é porque ele é dono da empresa Roberto Satoshi & Cia Ltda”, reafirmou Gilmar Fabris.

O posicionamento do deputado causou reação do Conselho Regional de Medicina de Mato Grosso (CRM-MT), do Sindicato dos Médicos de Mato Grosso (Sindimed) e da Associação Médica de Mato Grosso, que emitiram nota de repúdio contra Gilmar.

No documento, as entidades alegam que houve quebra de decoro parlamentar e que o deputado tentou culpar os trabalhadores pelos problemas no setor. A nota diz, ainda, que as lágrimas do médico representam o desabafo de toda a categoria.

“Quebra de decoro parlamentar é quando o parlamentar mente, mas eu não menti. Eu sabia o que eu estava falando, eu já tinha em mãos essa documentação”, rebateu o deputado.

Outro lado

A reportagem do Olhar Direto tentou, mas não conseguiu contato com o médico Roberto Yoshida. A equipe buscou contato através do telefone de final *****0177, mas as nossas ligações não foram atendidas.
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