Independente do que acontecer com o governo do presidente Michel Temer (PMDB), o PMDB deve ter candidato próprio governo de Mato Grosso em 2018. E, caso a vida siga o curso normal, o nome mais cogitado é do conselheiro Antônio Joaquim Neto, presidente do Tribunal de Contas do Estado (TCE), ou do deputado estadual Romoaldo Júnior (PMDB), que já foi prefeito de Alta Floresta e possui larga experiência no Poder Executivo.
 
A garantia partiu do presidente regional do PMDB, deputado federal Carlos Bezerra, aos que consideram que uma eventual cassação ou afastamento do presidente Temer, seja no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), no Supremo Tribunal Federal (STF) ou no Congresso Nacional, possa sepultar as pretensões peemedebistas, na busca da principal cadeira do Palácio Paiaguás.

Leia Mais:
- Dono da JBS afirma que pagou R$ 10 mi por ano em propina a Silval Barbosa por incentivo e fraude

- Carlos Bezerra defende Temer e, no caso de Silval, diz que PMDB não pode ser responsabilizado por eventuais falhas de filiados
 
Bezerra não escondeu uma ponta de irritação com o tom jocoso com que o PMDB é tratado pelos governista, notadamente nas redes sociais. Ele avaliou que o governador Pedro Taques (PSDB) vai chegar, em 2018, num quadro de alta rejeição e sem condições de disputar o pleito. “Quem sair contra ele [Taques], vai tem amplas possibilidade de vitória, porque estará enfrentando um candidato altamente desgastado, com um governo fragmentado”, provocou o decano dirigente peemedebista.
 
“Estão dizendo por aí que o nosso projeto de 2018 não vai vingar por causa da situação do presidente Michel Temer. Em primeiro lugar, uma coisa não tem nada a ver com a outra: o PMDB é o maior partido de Mato Grosso e vai ter candidatura própria, sim”, citou ele.
 
“E, para os profetas do caos, saibam que o presidente Temer vai concluir o mandato e vai ser lembrado, nas próximas gerações, como quem deu estabilidade política e econômica ao país. Assim como o fez outro peemedebista, o [ex] presidente Itamar Franco [in memorian], de saudosa memória, que implantou o Plano Real e deu a estabilidade política para mais de duas décadas de desenvolvimento”,  sintetizou o presidente do PMDB.
 
Carlos Bezerra avalia que o PMDB irá reunir pelo menos 10 partidos em torno de sua candidatura, inclusive o atual ministro da Agricultura e Pecuária, senador Blairo Maggi (PP), e o senador mato-grossense Wellington Fagundes, presidente regional do PR.
 
Questionado pela reportagem do Olhar Direto, Antônio Joaquim negou que esteja pensando em candidatura e garantiu que a prioridade é implementar as melhorias no previstas, no TCE. Antônio Joaquim confirmou, porém, que, mesmo tendo condições de permanecer mais 14 anos na Corte de Contas - se quiser, é forte a tendência de se aposentar, em janeiro de 2018.