A Defensoria Pública de Mato Grosso avisou que não entrará com nenhuma liminar para interromper ou impedir o processo de demolição da Ilha da Banana, que deve ocorrer no próximo domingo (10). O coordenador de Direitos Humanos do órgão, o defensor Roberto Tadeu Vaz Curvo, informou que acompanhará todo o processo, mas não entrará com nenhuma medida judicial para impedir que dependes químicos e moradores da região sejam retirados do local antes da demolição.
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“Não há muito o que fazer, na verdade. Nós não sabemos se o Poder Judiciário vai ter sensibilidade o suficiente para entender que a população de rua que vive no local será profundamente atingida por isso. O que nós faremos é tentar acompanhar a ação, evitar que seja aplicada violência e que exista um local adequado para onde eles possam ir”, afirmou.
Apesar do Município já ter iniciado o processo de retirada de moradores do local, o secretário de Estado de Cidades, Wilson Santos, nega que os imóveis serão derrubados. A grande preocupação da defensoria em relação a demolição é quanto ao destino dos dependentes químicos e moradores de rua que vivem no local.
A defensora Rosana Esteves Monteiro, que atua em um grupo de acompanhamento coordenado pela Defensoria, explicou que o município não tem espaço suficiente para abrigar os moradores da ‘ilha’. Segundo ela, Cuiabá tem três abrigos, cada um com capacidade para 50 pessoas. Os três locais, no entanto, estão lotados.
Na manhã deste sábado (10), Monteiro foi conhecer junto a funcionários da Secretaria de Saúde e da Secretaria de Assistência Social do Município alguns locais que devem ser utilizados como abrigo provisório. Parte daqueles que vivem no Largo do Rosário já se mudaram para o prédio de uma antiga Delegacia da Mulher, que fica nas proximidades da Santa Casa de Cuiabá.
(6).jpg "Defensoria Pública não tentará impedir retirada de usuários da Ilha da Banana")
