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e o que vem aí?

Romoaldo afirma que Silval “herdou” contas de outros políticos e destaca problema no modelo eleitoral

14 Jun 2017 - 17:00

Da Redação - Jardel P. Arruda/ Da Reportagem Local - Ronaldo Pacheco

Foto: Rogério Florentino Pereira/Olhar Direto

Romoaldo afirma que Silval “herdou” contas de outros políticos e destaca problema no modelo eleitoral
Ao comemorar conversão da prisão preventiva do ex-governador Silval Barbosa (PMDB) no Centro de Custódia da Capital (CCC) para prisão domiciliar, o deputado estadual Romoaldo Júnior (PMDB) afirmou que outros políticos e outros governos tiveram contas eleitorais pagas pelos esquemas investigados na Operação Sodoma. Segundo ele, tudo que Silval fez é parte do modelo político que precisa ser substituído.


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“A sociedade hoje não aceita mais o modelo político que era antes. E ele herdou contas de campanha dele, contas das campanhas de outros candidatos, de outros governos. Fez esses pagamentos de forma que a sociedade não aceita, que a Justiça não aceita.  Hoje o Brasil está desmoronando porque estão desnudando a política, desnudando esse modelo falido. Ainda não temos uma lei clara sobre o financiamento publico da campanha. Não temos uma lei da campanha e a lei sempre foi assim. Se discute hoje no Brasil o caixa 2. E o caixa 2 era feito dessa maneira pelas empresas e não diferente em Mato Grosso”, ponderou o deputado estadual.

Sem citar o nome de nenhum político ou de financiadores eleitorais, Romoaldo, explicou que é comum que empresas que financiaram campanhas eleitorais sejam “pagas” com contratos com o poder público. Entretanto, parte dos esquemas confessados por Silval e investigados pelo Ministério Público fogem do roteiro e deixaram surpresos antigos aliados, como ele mesmo, foi líder do Governo por dois anos e meio e é amigo do ex-governador há 25 anos.

“O poder, muitas vezes, cega as pessoas. Você chega no poder e acha que pode tudo. Não é assim, a sociedade não deixa isso, não quer mais isso. A forma como foi feita... Muitas das coisas ninguém não sabia, ficou perplexo. Outras coisas a gente sabia, o modelo político era esse. Acho que o importante de tudo isso é o debate. O Brasil vai melhorar depois disso? Porque o preço está sendo muito caro”, contou.

Uma discussão sobre um novo modelo eleitoral seria o necessário para uma melhoria do Brasil, pois o caso de Silval, em Mato Grosso, seria apenas o reflexo de acontecimentos em todo o Brasil. Para o Romoaldo, todo o sistema está com problemas e, enquanto políticos fingem estar dentro da lei, o Judiciário finge fiscalizar. Ele cita ainda, como exemplo, o fato de a JBS ter financiado mais de 1.900 políticos com verbas oriundos de financiamentos do BNDES.

“A Justiça tem que, junto com o Congresso, bolar um sistema de financiamento no Brasil. Nós não podemos ficar fingindo que fazemos eleição certa e o TSE, TRE, muitas vezes, fingindo que está fiscalizando”, avaliou. “A JBS, olha aí, 1.900 políticos financiados por ela. É dinheiro do que? É dinheiro público, BNDES, dinheiro de favorecimento. O modelo é errado. Não sou a favor de anistia não. Tem que investigar, mas precisa de um modelo com mais transparência”, completou

E, no meio dessa discussão, Romoaldo avisa que fará duas coisas: Dar um abraço em Silval e esperar o desenrolar das confissões, pois fatos novos podem surgir. “Conheço o ser humano Silval. Sou amigo do Silval há 25 anos. Acho que esses dois anos de cadeia devem ser muito difíceis para ela. Agora é ver o que vem pela frente, as delações, o que ele se comprometeu com a Justiça”, concluiu.
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