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Terça-feira, 23 de abril de 2024

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Sai Ilha da Banana, volta o Largo do Rosário: Governo quer construir praça com resgate histórico

Foto: Rogério Florentino Pereira/Olhar Direto

Sai Ilha da Banana, volta o Largo do Rosário: Governo quer construir praça com resgate histórico
A Ilha da Banana, espaço como ficou conhecido o trecho urbano entre a Igreja do Rosário e São Benedito e o Morro da Luz, ou Morro Antonio Pires de Campos, como consta na liturgia oficial, deverá dar espaço, novamente, ao Largo do Rosário, após o fim do processo de demolição pelo qual passa. Ao menos esse é o plano do secretário de Estado de Cidades, Wilson Santos (PSDB), que espera começar uma revitalização daquele lugar a partir do início de 2018.


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O projeto foi apresentado à sociedade civil organizada na manhã desta quarta-feira (21), no salão paroquial da Igreja do Rosário, poucos metros distantes da Ilha da Banana, área de 5.900 m², localizada no coração de Cuiabá. Membros da Igreja Católica, do Conselho de Arquitetura e Urbanismo, da Prefeitura e moradores antigos foram convidados a apreciar e dar novas ideias em um prazo de até seis semanas.

Com isso, Wilson quer “enriquecer” o projeto, mas com tempo hábil de iniciar o processo licitatório em 60 ou 80 dias. Apesar de o Governo deter posse de 13 dos 15 imóveis da região, ainda disputando os outros dois na Justiça, ele está certo de que trá todo espaço disponível até o começo do próximo ano.

“Esse projeto não é pronto e acabado. Não é um PF [Prato Feito]. Queremos que todos participem. Eu mesmo defendo que aqui tenha um monumento em referência a lenda da ‘Alavanca de ouro’”, disse Wilson Santos, enquanto apontava para um dos cantos do projeto, uma praça de quatro pavimentos, cuidadosamente feito com intuito de preservar marcas históricas como o ‘Caminho para Goiás’ e não tampar a visão do Centro Histórico e da Igreja do Rosário e São Benedito.



Ainda não há valor estimado para a obra. Contudo, Wilson já afimou que buscará recursos fora do Governo do Estado. “Esperamos em 60, 80 dias, fechar o projeto e licitar o projeto. O Governo vai entrar com uma parte dos recursos, a Prefeitura vai ser procurada também para participar, a iniciativa privada também”, completou, enquanto nas proximidades.

Por enquanto, a Ilha da Banana está em processo de demolição. Antes do início do processo, ela era ocupada por cerca de 80 pessoas em situação de moradores de rua. Desse total, 43 foram para casas terapêuticas e 10 receberam passagens da Prefeitura de Cuiabá para sua cidade de origem. Alguns deixaram o local para ocupar outros espaços públicos e entre 10 a 15 pessoas ainda residem em um bloco que será deixado por último na demolição, prevista para acabar dia 10 de julho.

Presente

O projeto de requalificação do Largo do Rosário foi um “presente” do Consórcio VLT Cuiabá, entregue ao Governo do Estado ainda em 2014, segundo contou Wilson Santos. Produzido por um escritório de arquitetura de João Pessoa (PB), o projeto respeita várias indicações do Instituto do Patrimônio Histórico Nacional (Iphan) e trás espaços especiais para digressões na história de Cuiabá, fato ressaltado várias vezes pelo secretário das Cidades.

“Quando você tem um pedaço de história, você tem que fazer um marco”, disse Wilson, que é professor de história especializado em Mato Grosso. Para dar um noção disso aos ouvintes, ele relembrou que na década de 1720 Cuiabá era a maior cidade do Brasil e foi sede administrativa de São Paulo, produziu mais de 150 toneladas de ouro, além de foi morada de três ex-presidentes do Brasil. “Ter história não é para qualquer um”, completou.

Um dos espaços reservados para isso no futuro novo Largo do Rosário é o “Caminho para Goiás”. Um calçadão que ocupará um trecho da Avenida Coronel Escolástico, a qual, por sua vez, será realocada para o outro lado do Largo, fará alusão a rota criada pelos bandeirantes em substituição ao antigo caminho usado para ir de Cuiabá a Goiás, sem passar pelas terras dos índios Paiaguás. Nesse mesmo calçadão, haverão painéis com a história de Mato Grosso. Outros trechos também serão destinados ao resgate da história local.

Veja parte do projeto AQUI
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