A decisão do governador José Pedro Taques (PSDB) de destinar os R$ 80 milhões em emendas parlamentares para o custeio da saúde pública estadual tem aval da maioria dos vereadores de Cuiabá. A explicação do próprio Taques e do secretário adjunto Wagner Simplício, da Saúde, durante reunião com os parlamentares da Capital, no salão Garcia Neto do Palácio Paiaguás, deixando claro que os equipamentos do novo Hospital e Pronto Socorro Municipal, ainda em construção, vão constar da Lei Orçamentária Anual (LOA) de Mato Grosso para 2018.
 
O entendimento da maioria é que, se não houver o equilíbrio do custeio para fomentar a melhoria do atendimentos, nos municípios, existe o risco de caos se instalar nos hospitais regionais e, com isso, sobrecarregar ainda mais as unidades de Cuiabá. E quanto os pacientes vêm para a Capital, via de regra, buscam o Hospital e Pronto Socorro Municipal e, também, as Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) Morada do Ouro e Pascoal Ramos.

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Entre os que firmaram conceito favorável à tese do chefe do Poder Executivo, sobre o tema, estão os vereadores Misael Galvão (PSB), Toninho de Souza (PSD), Abilinho Brunini Júnior (PSC) e Gilberto Figueiredo (PSB), que se manifestaram nesta quinta-feira (22), em quase cinco horas de reunião com Pedro Taques.
“É um simples remanejamento. Hoje não estamos inaugurando a obra, então, o que necessita é que haja atendimento. O governo vai remanejar, mas, no ano que vem, vai ser o mesmo parceiro com a municipalidade, para aquisição de equipamentos do novo Hospital e Pronto Socorro Municipal”, citou Misael, que, antes do encontro, era crítico da proposta.

“É que a gente não tinha ouvido a garantia do governador Pedro Taques. Lógico: o bom funcionamento dos hospitais regionais também estará ajudando a Cuiabá. Quanto menos pessoas vierem [do interior] para buscar atendimento em Cuiabá, melhor, porque desafoga o Sistema Único de Saúde, na Capital”, ponderou Galvão.
 
Toninho de Souza comparou ao pai que possui muitos filhos e, em geral, atende primeiro ao deficiente ou ao mais necessitado. “Governar é priorizar e é isso que o governador está fazendo. É como o pai de família que, na hora de atender, direciona maior atenção ao filho com maior deficiência”, observou Toninho.
 
O vereador Gilberto Figueiredo esclareceu que defende os recursos da emenda impositiva, desde que haja aprovação da maioria da bancada de Mato Grosso, no Congresso Nacional. “O governador assumiu o compromisso com os vereadores da Capital, que, se caso houver este acordo com os deputados federais [e senadores], ele garantirá estes recursos da fonte 100 e consignará na LOA de 2018, que será encaminhada à Assembléia Legislativa em setembro. Acredito na palavra dele”, justificou Gilberto Figueiredo, mediante a garantia de que os equipamentos serão adquiridos para o novo PSM.
 
O vereador Abilinho Júnior lembrou que mais de um terço dos atendimentos de Cuiabá são oriundos de outros municípios. “A reposta do governador Pedro Taques  sobre a garantia de aquisição dos equipamentos [para o novo Hospital e Pronto Socorro] nos tranqüilizou. Se deixar o interior virar caos, lógico, o caos também chega aqui, antes de terminar o novo Pronto Socorro Municipal”, ponderou Abilinho, que foi um dos mais falantes na reunião de 22 vereadores com Pedro Taques.