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NÃO EXONEROU

Taques reafirma confiança em secretários presos: "não julgo as pessoas antes do momento"

27 Jun 2017 - 11:48

Da Reportagem Local - Ronaldo Pacheco/ Da Redação - Érika Oliveira

Foto: Rogério Florentino Pereira / Olhar Direto

Taques reafirma confiança em secretários presos:
O governador Pedro Taques (PSDB) justificou, nesta terça-feira (27), as razões pelas quais não exonerou o secretário da Casa Militar, coronel Evandro Lesco e o adjunto da pasta, coronel Ronelson Barros, presos na última sexta-feira (23), acusados de envolvimento no esquema de grampos ilegais operados em Mato Grosso. Em conversa com jornalistas, Taques reafirmou que confia nos secretários e disse que aguarda o desenrolar das investigações.


Leia mais:
- Governador troca comando da PM após vazamento de informação sigilosa sobre prisões de suspeitos de grampos
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“Eu não julgo as pessoas antes do momento, eu quero ver o processo, quero ler o processo para entender o que está ocorrendo. Não me cabe discutir decisão judicial, decisão judicial se cumpre e se recorre”, explicou o governador, que determinou na semana passada o afastamento provisório e não remunerado dos coronéis.

Além dos secretários, também foram presos o tenente coronel Januário Antônio Edwiges Batista, comandante do 4º Batalhão, em Várzea Grande, o cabo Torezan, cedido ao Gaeco (Grupo de Atuação e Combate ao Crime Organizado) do Ministério Público Estadual, o então corregedor-geral da Polícia Militar, coronel Alexandre Correa Mendes e o diretor de Inteligência da PM, tenente-coronel Victor Paulo Fortes Pereira.

Fortes e Mendes são acusados de terem “alertado” Evandro Lesco e Airton Siqueira sobre um possível mandado de prisão contra eles, que acabou se confirmando apenas no caso de Lesco. José Adolpho de Lima Avelino Vieira, da Casa Civil, também teria sido avisado da prisão dos secretários.

Os três secretários, em posse da informação sigilosa, teriam procurado Pedro Taques, que por sua vez levou os fatos ao conhecimento do presidente do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), desembargador Rui Ramos. O governador pediu que o presidente do TJ tomasse as devidas providências contra os responsáveis pelo suposto vazamento do pedido de prisão.

“Ao que consta, vieram aqui, cometeram um crime e eu não podia agir de outra forma a não ser denunciar ao presidente do Tribunal de Justiça. Crime grave, revelar segredo judicial, ao menos para mim, é um crime grave”, comentou o governador nesta terça-feira, no Palácio Paiaguás.

Na noite desta segunda-feira (26), o juiz substituto da Vara Criminal Especializada de Justiça Militar de Cuiabá, Bruno de Oliveira Marques, determinou a soltura de Alexandre Correa e de Victor Fortes, alegando que os oficiais não mais detêm cargos estratégicos na hierarquia da Polícia Militar e, portanto, não oferecem riscos às investigações.

Já os secretários, bem como o coronel Januário e o cabo Torezan, permanecem presos. Sobre estes dois últimos, o Governo limitou-se a dizer, em nota emitida no mesmo dia das detenções, que seguirá acompanhando o caso.

Entenda 

Uma reportagem do programa "Fantástico", da Rede Globo, revelou no dia 14 de maio que a Polícia Militar em Mato Grosso “grampeou” de maneira irregular uma lista de pessoas que não eram investigadas por crime.

A matéria destacou como vítimas a deputada estadual Janaína Riva (PMDB), o advogado José do Patrocínio e o jornalista José Marcondes, conhecido como Muvuca. Eles são apenas alguns dos “monitorados”, dentre médicos, empresários, funcionários públicos, etc.

O esquema de “arapongagem” já havia vazado na imprensa local, após o início da apuração do Fantástico. Em entrevista ao dominical, o ex-secretário Paulo Taques afirmou que seu desligamento da Casa Civil, confirmado dias antes da reportagem ir ao ar, não mantinha relação com o fato.

O promotor Mauro Zaque, ex-secretário de Segurança da gestão Taques, afirma que informou ao governador sobre os grampos. O chefe do Executivo, no entanto, garante que não sabia de nada e informou que o protocolo apresentado por Zaque não corresponde ao assunto.
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