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Sexta-feira, 29 de março de 2024

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Operação Spectrum

Maior traficante da América do Sul é preso em Sorriso; era procurado pela Polícia Federal e Interpol

Foto: Divulgação Polícia Federal

Maior traficante da América do Sul é preso em Sorriso; era procurado pela Polícia Federal e Interpol
A Polícia Federal prendeu em Sorriso (MT) neste sábado, 1º de julho, um dos maiores traficantes da América do Sul Luiz Carlos da Rocha, conhecido como "Cabeça Branca". Considerado um dos "barões das drogas" no Brasil ainda em liberdade, ele era procurado ainda pela Interpol na América do Sul. A prisão ocorreu dentro da Operação Spectrum para desarticular organização criminosa transnacional especializada em tráfico internacional de drogas e lavagem de dinheiro.

 
Segundo informações da Polícia Federal, cerca de 150 Policiais Federais cumprem 24 mandados judiciais, sendo dois de prisão preventiva, nove de busca e apreensão em imóveis, dez de busca e apreensão de veículos e três de conduções coercitivas a serem cumpridos nas cidades de Londrina (PR), Araraquara (SP), Cotia (SP), Embu das Artes (SP), São Paulo (SP) e Sorriso (MT). As ordens judiciais foram expedidas pela 23ª Vara Federal de Curitiba. 

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"Cabeça Branca" já foi condenado pela Justiça Federal por penas que somam mais de 50 anos de prisão.
 
De acordo com informações da Polícia Federal do Paraná, Luiz Carlos da Rocha, chefe a organização criminosa, foi recentemente localizado pela área de combate ao tráfico de drogas da instituição, mesmo tendo realizado cirurgias plásticas para modificar suas feições, a exemplo de outro mega traficante internacional preso pela Polícia Federal em 2007, o colombiano Juan Carlos Ramírez-Abadía, vulgo Chupeta.

Para se esconder das autoridades, Luiz Carlos da Rocha, além das cirurgias plásticas, utilizava a identidade de Vitor Luiz de Moraes. Com base em dados fotográficos a investigação concluiu que Luiz Carlos da Rocha e Vitor Luiz de Moraes eram a mesma pessoa.

Ainda de acordo com a Polícia Federal, o grupo criminoso capitaneado por Cabeça Branca operava como uma estrutura empresarial, controlando e agindo desde a área de produção em regiões inóspitas e de selva em países como a Bolívia, Peru e Colômbia, até a logística de transporte, distribuição e manutenção de entrepostos no Paraguai e no Brasil, fixando-se também em áreas estratégicas próximas aos principais portos brasileiros e grandes centros de consumo, dedicando-se à exportação de cocaína para Europa e Estados Unidos.

Foi apurado ainda pela Polícia Federal que Cabeça Branca é um dos principais fornecedores de cocaína para facções criminosas paulistas e cariocas. Estima-se que a organização criminosa liderada por Cabela Branca era responsável pela introdução de cinco toneladas de cocaína por mês em território nacional com destino final ao exterior e Brasil. 

As investigações apuraram também que a cocaína era transportada em aviões de pequeno porte que partiam dos países produtores Colômbia, Peru e Bolívia, utilizando-se do espaço aéreo venezuelano com destino para fazendas no Brasil, na fronteira entre os estados do Pará e Mato Grosso. Após ser descarregada dos aviões do narcotráfico, a cocaína era colocada em caminhões e carretas, com fundos falsos especialmente preparados para o transporte da droga, cujo destino era o interior do estado de São Paulo para distribuição para facções criminosas paulista e carioca, ou o Porto de Santos (SP), de onde era exportada para Europa ou Estados Unidos.

Cerca de US$ 10 milhões em patrimônios foram sequestrados pela Polícia Federal nesta primeira fase da Operação Spectrum, concentrados em fazendas, casas, aeronaves, diversos imóveis e veículos de luxo importados. A estimativa das investigações é de que o patrimônio adquirido por "Cabeça Branca" com o tráfico internacional de drogas chegue a US$ 100 milhões, consubstanciado em veículos e imóveis no Brasil e em outros países (registrados em nome de “laranjas”), bem como em contas bancárias em paraísos fiscais, elementos que serão objeto da segunda fase da Operação Spectrum.

Os presos responderão pelos crimes de tráfico internacional de drogas, lavagem de dinheiro, associação para o tráfico, falsificação de documentos públicos e privados e organização criminosa, com penas somadas que passam de 20 anos de prisão. 
 
A ação da Polícia Federal recebeu o nome de Operação Spectrum em referência a "Cabeça Branca" que vivia discretamente, sendo reconhecido no meio policial pela experiência internacional, transcontinental e com larga rede ilegal de relacionamento, sendo procurado há quase 30 anos.


Primeira atualização às 13h55. Segunda atualização às 14h07
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