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FICOU DE CUECAS NO LOCAL

Com whisky, Amarula e vinho no carro, promotor banhou-se com álcool e deu gravata em PM; vídeo

02 Jul 2017 - 15:52

Da Redação - Paulo Victor Fanaia / Ronaldo Pacheco

Foto: Reprodução

Fábio Camilo da Silva

Fábio Camilo da Silva

Pelo arsenal etílico encontrado no interior do veiculo do promotor de justiça Fábio Camilo da Silva, lotado em Guarantã do Norte, deve-se imaginar que o seu comportamento estava fora do normal. Embora não tenha passado pelo teste do bafômetro, os policiais relataram sinais claros de embriaguez. Segundo o Boletim de Ocorrência (BO) 2017.219408, o promotor tomou banho de álcool, tentou dar uma gravata em um policial militar, derrubando-o no chão, ameaçou matá-lo, cheirou algo que estava em sua mão e saiu andando de cueca pelo posto de gasolina.


Isto tudo teria ocorrido na tarde deste sábado (01) em uma rodovia nas proximidades de Peixoto de Azevedo. Confira a narrativa da PM sobre o caso.

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Em longo relato, o BO 2017.219408, obtido por Olhar Direto, narram os militares que ao indagarem o promotor sobre o estaria ocorrendo, este, aparentemente alcoolizado teria perguntado em “alto tom e de forma de arrogante” “se eu sabia com quem eu estava falando, que este militar deveria ‘colar os casco’ para falar com ele, sendo que ele era um coronel, ainda perguntou se este militar não tinha conhecimento do código penal militar”.

Adiante, o promotor começou a questionar a razão de a viatura da PM estar sem placa dianteira, “sendo informado a ele o motivo, foi neste momento que o promotor deu voz de prisão a este militar pelo artigo 311, e ainda quis determinar o soldado Cenilton para fazer a prisão deste militar”.

Momento seguinte, o promotor teria acusado o militar que fez sua abordagem de corrupção, dizendo que “a pistola que este militar estava portando certamente estava com a numeração raspada, e ainda disse a este militar ficar longe do seu veiculo, pois tem certeza que este militar é corrupto, e se afastar do seu veiculo, pois a equipe da PM iria implantar droga em seu carro”.

Não bastando as acusações, segue a narrativa, o promotor teria exigido respeito dos militares. “Em todo momento tentava determinar que os militares permanecessem na posição de sentido para falar com ele, devido que ele falou que o código militar estabelece hierarquia para o promotor de justiça”.

Ainda conforme o BO, Fábio Camilo da Silva estaria fazendo consumo excessivo de álcool dentro de seu carro. “Dentro do veiculo havia varias garrafas de cervejas vazias e whisky. O mesmo ainda jogou algumas garrafas de bebidas alcoólicas para fora de seu veiculo, dizendo que aquilo era ‘zica’ e que não poderia ficar no interior do veiculo”.

Com o membro do MPE foram apreendidas “uma garrafa de Amarula vazia, uma garrafa de whisky Grand Old Par vazia, uma garrafa com um vidro com um liquido estranho, uma garrafa de vinho Di Mallo fechada, três latas de energéticos Redbul”, além de outros produtos cuja descrição não é incluída neste trecho no BO.

Segundo o Boletim de Ocorrência 2017.219408, o militar que o abordou “por diversas vezes tentou manter um dialogo amigável com o promotor de justiça, mas em todo momento em tom de arrogância dizia para este militar calar a boca e falava todo momento para atirar em sua pessoa, falava que era para atirar nas costas”. Este trecho é possível verificar na filmagem obtida por Olhar Direto nesta matéria.

Narra o PM que recebeu no instante seguinte a segunda voz de prisão. O promotor “ainda falava que iria retirar a minha arma de serviço. Por diversas vezes o promotor tentou retirar o celular deste militar à força, porem sem êxito, quando em determinado momento o promotor de justiça veio dar uma gravata enforcando este militar, vindo ambos caírem ao chão, e ainda disse: ‘vou lhe matar soldado com sua própria arma. por inúmeras tentativas o promotor tentou retirar a arma deste militar, sendo interceptado pelo soldado Cenilton e a testemunha Reginaldo, sendo necessário o uso da força para conter o promotor e ainda utilização de algemas, para salvaguardar a integridade física da equipe da PM e do próprio promotor”.

Após ser algemado, conclui a narrativa em primeira pessoa feita pelo militar envolvido na confusão, “o promotor começou a ingerir um liquido estranho que continha em uma garrafa de vidro e bebidas, também começou a tomar banho com as referidas bebidas, ainda tirou o shorts e saiu andando pelo local só de cueca”.
 
O relato do ocorrido prossegue no quesito “Providências” do mesmo BO, com destaque para o trecho que acrescenta outro fato. “O promotor de justiça disse por varias vezes para este militar gravar bem a cara dele, pois este não iria sossegar até me excluir da policia militar, pois estava prendendo um promotor de justiça, perguntava se eu gostava da minha farda, e que iria ficar de olho neste militar 24 horas por dia”.
 
O promotor ainda teria pedido para que os colegas do militar, presentes na cena, atirassem nele.
 
Por fim, o BO levanta suspeita grave contra o promotor. No momento da confecção do BO, a equipe da PM recebeu uma ligação anônima informando que no posto de gasolina onde o desentendimento ocorreu havia um HB20 preto sem placas com duas ou três pessoas armadas dentro. Testemunha relatou a PM que “os ocupantes do veiculo estavam procurando banheiro, e que após estes saírem do banheiro viu o promotor cheirando algo que estava em suas mãos e em seguida limpou as mesma”.
 
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