Representantes do Bando Mundial (Bird) estiveram em Cuiabá, na quarta-feira (05), para discutir com o Governo do Estado a possibilidade da realizarem empréstimos e “comprarem” a dívida de Mato Grosso com o Bank of America. A expectativa do governador Pedro Taques (PSDB) e do secretário de Estado da Fazenda, Gustavo de Oliveira, é conseguir dinheiro novo para investimentos e reduzir o juros da dívida dolarizada, atualmente em 5%.
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De acordo com informações da Sefaz, economista-chefe do Bird para o Brasil, Antônio Nucifora, e o economista sênior, Fabiano Colbano, sinalizaram positivamente e agendaram uma nova reunião com o Governo de Mato Grosso para o final de julho, quando uma equipe técnica do Bird também virá.
“Nesse primeiro momento mostramos um pouco do panorama atual com apontamentos sobre o que o governo do Estado quer fazer para alcançar o ajuste fiscal e voltar a fazer investimentos em áreas prioritárias. No segundo encontro detalharemos essas informações e o diagnóstico com a estruturação dos gastos”, pontua o secretário Gustavo de Oliveira.
“Estamos trabalhando um regime de fiscalização fiscal que tem como macro-objetivos restabelecer o equilíbrio fiscal e dar sustentabilidade fiscal às políticas públicas e também retomar a capacidade da gestão em conseguir fazer manutenções nas suas unidades”, afirma o secretário Guilherme Muller.
O negócio com o Bank of America foi feito na gestão do ex-governador Silval Barbosa (PMDB), que atualmente está em prisão domiciliar depois de ter passado um ano e novo meses no CCC e decidir confessar crimes de corrupção cometidos durante sua gestão, e articulado pelo então secretário de Estado Eder Moraes, que recorre em liberdade de duas condenações já Justiça Federal.
Na época do negócio, o dólar operava em baixa se comparada em relação aos preços atuais, em que o mercado brasileiro se encontra volátil devido a crise econômica e política.
Para conseguir o empréstimo, no entanto, o Governo terá que conseguir aprovar o Teto do Gasto. Medidas de arrocho financeiro são uma das exigências do banco de desenvolvimento para emprestar o dinheiro. Esse tipo de exigências já fez o banco, criado para ajudar países em desenvolvimento e reconstrução pós guerra, ser alvo de criticas de observadores externos.