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Sexta-feira, 19 de abril de 2024

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​escândalo da maçonaria

Coronel afirma que grampeou juízes a pedido de Orlando Perri

Foto: Rogério Florentino Pereira/ Olhar Direto

Coronel Airton Benedito Siqueira Junior

Coronel Airton Benedito Siqueira Junior

O coronel Airton Benedito Siqueira Junior, secretário de Estado de Justiça e Direitos Humanos de Mato Grosso, registrou em cartório no último dia 29 de junho uma declaração na qual admite ter “grampeado” juízes em 2007 a mando do desembargador Orlando Perri, à época corregedor-geral de Justiça de Mato Grosso. A declaração foi anexada ao depoimento prestado por Siqueira no inquérito militar que investiga o suposto esquema de grampos ilegais operados nos últimos anos em MT por PMs.


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De acordo com Siqueira, as interceptações eram para levantar informações sobre o desvio de dinheiro do TJ para os cofres da loja maçônica Grande Oriente. Ele revela que o desembargador José Ferreira leite foi grampeado juntamente com os juízes Marcelo Barros, Antônio Horácio, Irênio Lima Fernandes e Marcos Aurélio Ferreira. As decisões para as interceptações, de acordo com a declaração, eram todas feitas de próprio punho por Perri.
 
“Ainda foi orientado pelo desembargador Orlando Perri que todos os relatórios produzidos em razão das interceptações dos investigados deveriam ser entregues única e exclusivamente ao próprio desembargador, em mãos, e a mais ninguém”, declara Siqueira. O coronel ainda informa que interceptações chegaram a ser prorrogadas e que o material gravado, em sua maioria, era de conversas de interesse privado.
 
“Me lembro que as informações coletadas das conversas telefônicas dos magistrados investigados não interessavam às investigações, tratando-se em sua grande maioria de assuntos pessoais e da intimidade dos mesmos”, sustenta. Todos os relatórios produzidos por Siqueira teriam sido entregues pessoalmente a Perri digitalizados em um disco compacto e impressos.
 
Contato por procuradora
 
Siqueira recorda que em 2007 tinha patente de major e atuava no Gaeco. Na ocasião, foi chamado pela procuradora de Justiça Eliane maranhão Ayres, então responsável pela coordenação do Gaeco, que o informou sobre uma investigação “altamente sigilosa” e “extremamente delicada” que estava sendo executada por Perri. “Disse que me indicaria para cumprir a referida missão em razão da confiança de que tudo seria realizado a contento”, alega.
 
Inquérito militar
 
A declaração de Siqueira foi registrada em cartório em 29 de junho e estava guardada até a última quarta-feira (5), quando ele prestou depoimento no inquérito militar presidido pelo coronel Jorge Catarino, que investiga os grampos em MT e pediu para anexar o documento.
 
Ao coronel Jorge Catarino, Siqueira ainda revelou uma espionagem que teria descoberto na eleição de 2016 para prefeito em Lucas do Rio Verde, na qual PMs teriam recebido dinheiro para instalar câmeras, captação de áudio e invadirem ambiente privado ligado à campanha do ex-prefeito Otaviano Pivetta, que não conseguiu a reeleição (veja mais aqui).
 
Outro lado
 
A assessoria de imprensa do Tribunal de Justiça de Mato Grosso informou que irá se manifestar ainda nesta quinta-feira (6) por meio de uma nota oficial. 
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