Os deputados estaduais Zeca Viana (PDT) e Guilherme Maluf (PSDB) travaram uma discussão pouco amigável durante uma das sessões plenárias desta semana, por conta de supostas dívidas que a Assembleia Legislativa possui com veículos de comunicação. Ao ser cobrado, Maluf, que comandou o Legislativo entre os anos de 2015 e 2016 e atualmente ocupa a 1ª secretaria da Mesa Diretora, se incomodou e afirmou que parte desses débitos são falsos.

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“Eu venho sendo cobrado pela imprensa, principalmente a mídia do interior, e quero aproveitar que está aqui o ex-presidente Maluf, a respeito de dívidas que a Casa tem com essas instituições. Eu estou aqui cobrando, pela cobrança que eu estou tendo dessas empresas, para que vocês que dominam a Mesa, dominam a aplicação dos recursos, chamem essas pessoas e deem uma solução, para que eles também possam ficar mais tranquilos”, cobrou Zeca Viana.

“Eu fui presidente desta Casa e, alguns eventos é importante que a gente registre. Nos dois últimos anos nós tivemos um acordo de redução de mídia nessa Casa e cumprimos isso, mas muitas empresas de mídia não respeitaram esse acordo e fizeram a mídia sem a nossa determinação. Então, eu peço ao senhor que nos comuniquem quem são as empresas que estão lhe cobrando, porque com certeza muitas delas não é devido o faturamento”, rebateu Guilherme Maluf, visivelmente irritado.

Em sua defesa, Maluf afirmou que recebeu a presidência da Assembleia, em 2015, com dívidas que ultrapassavam R$ 20 milhões, somente relacionadas a gastos com mídia institucional. De acordo com o deputado, a situação se agravou devido o contingenciamento de caixa em função da crise econômica.

Todavia, apesar das dificuldades, o ex-presidente disse que honrou os compromissos deixados pela gestão anterior a sua. Com relação as dividas atuais, Maluf explicou, ainda, que também teve de deixar restos a pagar para o atual presidente Eduardo Botelho (PSB), mas que os passivos existentes já foram identificados pelo Legislativo e estão sendo negociados.



“Eu acho que se houve um compromisso e, quero deixar bem claro aqui que não tivemos mídia particular e sim institucional, os únicos responsáveis são os dirigentes. É insuportável ficar ouvindo as cobranças, mas eles têm esse direito, é dever da Casa pagar o que estiver devendo, saldar seus compromissos”, continuou Zeca Viana.

“Virou um dominó de restos a pagar, houve a redução e houve os restos a pagar. Mas paralelamente a isso, infelizmente, assim como tem excelentes meios de comunicação, tem outros que são mau-caráter e que se utilizam até da dificuldade de gestão da Casa para se beneficiar. A dívida não é do Botelho, não e do Guilherme, é da instituição Assembleia. Mas eu tenho certeza que uma parte considerável dessa cobrança não é devida”, justificou Maluf, encerrando a discussão.