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Quinta-feira, 25 de abril de 2024

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Após delação

Maggi nega pagamento de precatórios e sugere que Riva estaria "empurrando" a culpa

Foto: Rogério Florentino Pereira/Olhar Direto

Maggi nega pagamento de precatórios e sugere que Riva estaria
O ministro da Agricultura, Blairo Maggi (PP), negou que tivesse conhecimento sobre o suposto pagamento irregular de precatórios ao longo de sua gestão como governador de Mato Grosso para "compra" de apoio parlamentar na Assembleia Legislativa. A informação foi divulgada em reportagem do Estadão nesta segunda-feira (10), atribuída a uma delação do ex-deputado estadual José Riva. 


Em entrevista concedida durante a abertura do Fórum das Cadeias Produtivas, na manhã desta segunda-feira (10), Maggi também sugeriu que Riva, na tentativa de atenuar sua culpa, estaria “empurrando” a responsabilidade para outras pessoas. No entanto, após a publicação da matéria no Estadão, a assessoria jurídica de Riva negou o acordo de colaboração pemiada.

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De acordo com matéria do Estadão, em acordo com o Ministério Público Federal, o ex-parlamentar disse que os pagamentos de precatórios foram feitos entre março de 2009 e dezembro de 2012, tendo a prática se iniciado nos dois últimos anos do segundo mandato de Maggi. Com o dinheiro seria comprada a adesão dos deputados à base governista. Na prática, dos R$ 260 milhões pagos pelo governo a Andrade Gutierrez, R$ 104 milhões foram parar nas contas do empresário Valdir Piran, responsável por operar o esquema.

“Denúncia antiga já, há um mês mais ou menos que isso apareceu. Deixa a Justiça tomar conta, eu não tenho como ficar respondendo a cada delação que tem. As pessoas hoje pra sair dos seus problemas acabam empurrando pros outros. Eu não conheço, não tinha isso, nunca teve. Pra mim o tratamento na Assembléia Legislativa sempre foi o mesmo e vai continuar assim”, afirmou.

De acordo com texto do Estadão, além de Blairo, Riva diz que participaram do encontro o então secretário da Fazenda de Mato Grosso Éder Moraes e o ex-governador Silval Barbosa, sucessor do ministro da Agricultura no executivo. De acordo com Riva, o então governador era contrário à manobra financeira em um primeiro momento, mas após a conversa com os três cedeu e aceitou autorizar a transação.

Para que os valores chegassem até o operador, a Andrade Gutierrez assinou um contrato de cessão de créditos com a Piran Participações e Investimentos – empresa da família do operador. O acordo previa que a construtora cedesse seu crédito de precatórios à Piran com deságio de 54%. O Estadão ainda apurou que o acordo de colaboração de Riva foi aceito pelos procuradores da Operação Ararath. 

Nos últimos meses, enquanto aguardava o acordo, Riva começou a confessar à Justiça de Mato Grosso ter participado da arrecadação e do pagamento de um mensalinho que somente na gestão Blairo, entre 2003 e 2009, pagou 33 deputados estaduais. O ex-deputado afirmou que o ex-governador sabia dos pagamento.
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