O suspeito Antônio Gonçalves de Almeida foi preso no último dia 12, no município de Canarana (a 836 km de Cuiabá), por participar de uma quadrilha que aplicava golpes em fazendeiros em vários estados do Brasil. Mais dois outros membros da quadrilha já foram identificados.

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O suspeito foi preso na BR-158, e no momento da abordagem, chegou a oferecer propina no valor de R$ 10 mil aos policiais. Ele foi encaminhado para a Delegacia de Polícia Civil, e segue preso sob as acusações de associação criminosa, estelionato, porte ilegal de arma de fogo de uso restrito e corrupção ativa.

De acordo com informações do investigador chefe da Delegacia de Polícia de Canarana, Valdivino Vital, a quadrilha operava fazendo a compra de fazendas de gado, em vários estados do país, com cheques roubados, e após tomar posse da propriedade, fazia a venda de todo o rebanho. As vítimas só ficavam sabendo do golpe quando iam compensar os cheques.

No dia 30 de junho foi aberto inquérito para investigar o estelionato, após um fazendeiro denunciar que teria vendido sua propriedade, no município de Canarana, junto com um rebanho de 1.400 cabeças de gado, pelo valor de R$ 11,7 milhões. Como pagamento ele teria recebido um cheque, no valor de R$ 1,39 milhões, mas acabou descobrindo que o cheque veio de um roubo a um carro forte.

A polícia conseguiu recuperar parte do gado revendido, e também parte do dinheiro. O prejuízo do fazendeiro ficou em aproximadamente R$ 1 milhão. A quadrilha veio do estado de Goiás, e cometia crimes de estelionato, roubo de cargas, de caminhões e de máquinas agrícolas.

Com ajuda do Grupo de Repressão a Crimes Rurais da Polícia Civil de Goiás, a Delegacia de Canarana fazia o monitoramento dos estelionatários. A polícia recebeu uma informação de que Antônio ainda estaria em Mato Grosso, se preparando para voltar a Goiás.

O investigador Valdivino afirmou que já foram identificados outros dois integrantes da quadrilha, e mandados de prisão em seus nomes já foram emitidos. A polícia ainda investiga os demais envolvidos, pois sabe que o dinheiro das vendas dos rebanhos era transferido para a conta de terceiros, e não para a dos três suspeitos já identificados.