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Terça-feira, 23 de abril de 2024

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Grampos Ilegais

Paulo Taques considera prisão arbitrária, desnecessária e diz que não cometeu crime

Foto: Rogério Florentino Pereira/Olhar Direto

Paulo Taques considera prisão arbitrária, desnecessária e diz que não cometeu crime
O ex-secretário da Casa Civil, Paulo Zamar Taques, preso na manhã desta sexta-feira (04) pela Polícia Judiciária Civil, acusado de participação no esquema de grampos ilegais, se posicionou – através de nota – sobre a sua detenção. Ele considerou a prisão “arbitrária e desnecessária”. Além disto, ressaltou que não cometeu crime algum e que segue a disposição da Justiça para provar sua inocência.


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Em sua nota, Paulo Taques diz que não cometeu crime de escuta ilegal, e “tampouco ordenou que cometesse tal prática ilegal”. Além disto, considerou arbitrária a sua prisão. Segundo a assessoria, ele “recebe com absoluta estranheza o pedido de prisão, tanto pelo rol de justificativas suscitadas pelo desembargador Orlando de Almeida Perri quanto pelo caráter preventivo da prisão, absurdamente desnecessário sob o prisma legal”.
 
“Paulo Taques, absoluta e diferentemente de ilações levantadas no texto da representação pela decretação de prisão, não obstruiu investigações ou agiu no sentido de estimular a ocultação ou destruição de provas inquisitoriais, mantendo-se fiel à sua conduta moral como cidadão e advogado”, continua a nota.
 
Foi reforça ainda que “Paulo Taques, dotado da prerrogativa do exercício profissional, como advogado regularmente inscrito sob o número 4.659 / OAB-MT, Taques retomou sua atuação ato contínuo à saída do cargo de secretário-chefe da Casa Civil de Mato Grosso”. Por fim, asseverou que “segue à disposição do Judiciário e das autoridades policias mato-grossenses, como sempre o fez, para quaisquer esclarecimentos que tragam à luz, com clareza solar, a verdade”.
 
Prisão de Paulo Taques
 
O ex-secretário da Casa Civil, Paulo Taques, foi preso preventivamente, na manhã desta sexta-feira (04). A decisão partiu do desembargador Orlando Perri de Almeida, que comanda as investigações no Tribunal de Justiça de Mato Grosso. A informação foi confirmada ao Olhar Direto pela assessoria de imprensa de Paulo. A prisão foi cumprida pelo delegado Juliano Silva de Carvalho, responsável por apresentar a recomendação acatada por Perri.
 
Denúncia de grampos e saída do governo
 
Paulo Taques deixou o cargo de chefe da Casa Civil em 11 de maio de 2017, quando já se ventilava a informação de que o programa Fantástico, da Rede Globo, estava em Cuiabá para fazer uma matéria, que veio a ser publicada três dias depois, sobre o esquema de grampos ilegais operados por PMs em Mato Grosso. Paulo Taques sempre afirmou que já havia pedido para sair do governo e que a proximidade das datas era mera coincidência.
 
A reportagem do Fantástico do dia 14 de maio revelou que a Polícia Militar em Mato Grosso “grampeou” de maneira irregular uma lista de pessoas que não eram investigadas por crime nenhum no Estado. A matéria destaca como vítimas a deputada estadual Janaína Riva (PMDB), o advogado José do Patrocínio e o jornalista José Marcondes, conhecido como Muvuca. Eles são apenas alguns dos “monitorados”, dentre medicos, empresários, funcionários públicos etc.
 
Os grampos foram conseguidos na modalidade “barriga de aluguel”, quando investigadores solicitam à Justiça acesso aos telefonemas de determinadas pessoas envolvidas em crimes e no meio dos nomes inserem contatos de não investigados para serem monitorados irregularmente. Fantástico voltou a trazer matéria sobre os grampos em 23 de julho, apontando informações trazidas por Mauro Zaque, ex-secretário de Segurança Pública do Estado e promotor de Justiça, autor da denúncia sobre os grampos.
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