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GRAMPOS TELEFÔNICOS

Governador diz que 'não permitirá arbitrariedade e ilegalidade' em investigação a Paulo Taques

05 Ago 2017 - 11:00

De Barra do Garças - Jardel P. Arruda / Da Redação - Paulo Victor Fanaia Teixeira

Foto: Rogério Florentino Pereira/OD

PEDRO TAQUES

PEDRO TAQUES

O governador do Estado Pedro Taques (PSDB) fez sua primeira declaração sobre seu primo e ex-secretário da Casa Civil, Paulo Zamar Taques, preso nesta sexta-feira (04) pela Polícia Judiciária Civil, acusado de participação no esquema de grampos ilegais. O governador negou que a prisão atrapalhe suas pretensões eleitorais e disse que não aceitará “arbitrariedade e ilegalidade” nas investigações do caso. Aproveitou ainda para desferir comparação jocosa a outras prisões decretadas no Estado.


A declaração foi feita na manhã deste sábado (05) em Barra do Garças (a 520 km de Cuiabá), que hoje recebe a “Caravana da Transformação”. Taques adiantou que falará mais profundamente sobre a prisão de seu ex-secretário na próxima segunda-feira (07).

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Questionado se a mais recente prisão de um ex-membro de sua equipe de governo afeta, de algum modo, suas pretensões de reeleição, Taques nega. “Não, em absoluto, quem é preso não é condenado, nem denunciando ainda. Isso vai ser investigado, a lei serve para todos e o Poder Judiciário é independente. Não podemos fazer absolutamente nada e nem se eu pudesse, faria. Cabe ao Poder Judiciário cumprir seu papel. Falarei mais sobre isso na segunda-feira, mas quero dizer o seguinte: não permitiremos arbitrariedade e ilegalidades”, declarou.

Em outra ocasião, tornou a comentar rapidamente sobre a prisão de Paulo Taques, e lançou provocação de destino certo e popularmente sabido. “Ele foi preso preventivamente e será investigado, mas não é por roubo, como outros que foram presos...”.

Prisão de Paulo Taques:
 
O ex-secretário da Casa Civil, Paulo Taques, foi preso preventivamente, na manhã desta sexta-feira (04). A decisão partiu do desembargador Orlando Perri de Almeida, que comanda as investigações no Tribunal de Justiça de Mato Grosso. A informação foi confirmada ao Olhar Direto pela assessoria de imprensa de Paulo. A prisão foi cumprida pelo delegado Juliano Silva de Carvalho, responsável por apresentar a recomendação acatada por Perri.
 
Denúncia de grampos e saída do governo:
 
Paulo Taques deixou o cargo de chefe da Casa Civil em 11 de maio de 2017, quando já se ventilava a informação de que o programa Fantástico, da Rede Globo, estava em Cuiabá para fazer uma matéria, que veio a ser publicada três dias depois, sobre o esquema de grampos ilegais operados por PMs em Mato Grosso. Paulo Taques sempre afirmou que já havia pedido para sair do governo e que a proximidade das datas era mera coincidência.
 
A reportagem do Fantástico do dia 14 de maio revelou que a Polícia Militar em Mato Grosso “grampeou” de maneira irregular uma lista de pessoas que não eram investigadas por crime nenhum no Estado. A matéria destaca como vítimas a deputada estadual Janaína Riva (PMDB), o advogado José do Patrocínio e o jornalista José Marcondes, conhecido como Muvuca. Eles são apenas alguns dos “monitorados”, dentre medicos, empresários, funcionários públicos etc.
 
Os grampos foram conseguidos na modalidade “barriga de aluguel”, quando investigadores solicitam à Justiça acesso aos telefonemas de determinadas pessoas envolvidas em crimes e no meio dos nomes inserem contatos de não investigados para serem monitorados irregularmente. Fantástico voltou a trazer matéria sobre os grampos em 23 de julho, apontando informações trazidas por Mauro Zaque, ex-secretário de Segurança Pública do Estado e promotor de Justiça, autor da denúncia sobre os grampos.
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