Mesmo sem técnicos suficientes, a Assembleia Legislativa de Mato Grosso fiscalizou e denunciou os atrasos das obras da Copa do Pantanal Fifa 2014, inclusive, o Veículo Leve sobre Trilhos (VLT). A garantia partiu do deputado estadual Pedro Satélite (PSD), nesta quarta-feira (9), por considerar que as críticas que apontam omissão do Poder Legislativo são infundadas e não condizem com a realidade.
Satélite foi membro da Comissão Especial de Acompanhamento da Copa do Mundo FIFA 2014, em Cuiabá, presidida pelo então deputado Hermínio Jota Barreto (PR), hoje suplente de deputado federal, tendo o deputado estadual Emanuel Pinheiro (PMDB), hoje prefeito de Cuiabá, como relator. Ele foi incumbido pelo presidente da Assembleia, deputado Eduardo Botelho (PSB), de explicar o tabalho que foi realizado.
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Da atual legislatura, além de Satélite, também eram membros da Comissão de Acompanhamento das Obas da Copa, os deputados Baiano Filho (PSDB), que foi vice-presidente; Wagner Ramos (PSD), Adalto de Freitas Daltinho (SD), e Mauro Savi (PSB).
Pedro Satélite recordou que a Assembleia Legislativa firmou convênio com o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Mato Grosso (Crea-MT) para contribuir na fiscalização. Ele observou que partiu do então presidente do Crea, engenheiro civil Juares Samaniego, o primeiro alerta de que sequer o primeiro trecho do VLT, entre o Aeroporto Marechal Rondon, em Várzea Grande, e o Atacadão, na Avenida XV de Novembro, em Cuiabá, seria concluído no prazo – março de 2014.
Os técnicos cedidos pelo Crea ao Poder Legislativo, segundo Pedro Satélite, fizeram estudos de projetos e vistoria para emitir parecer técnico sobre as principais obras, como o VLT e as trincheiras. “A Assembleia Legislativa denunciou os atrasos, cobrou um posicionamento do [então] governador Silval Barbosa. “Cumprimos a missão importante na luta pelo cumprimento dos projetos e a garantia de obras de qualidade. Estivemos atentos para que o dinheiro público fosse bem investido”, emendou Pedro Satélite.
A Comissão Especial de Acompanhamento das Obras da Copa do Mundo de 2014 da Assembleia Legislativa funcionou de 2010 e até 2014. E exerceu fiscalização "in loco" das obras e ações da Secretaria Extraordinária da Copa do Mundo (Secopa). O Ministério Público Federal entende que os deputados não foram tão exigentes na fiscalização, tampouco na prestação de contas.