Considerado peça chave nos momentos de articulação política em Mato Grosso, o presidente da Assembleia Legislativa, deputado estadual Eduardo Botelho (PSB) deverá exercer um dos papéis mais importantes na escolha dos futuros gestores, em 2018. Assediado por diversas legendas, Botelho explicou, em entrevista ao Olhar Direto, porque o DEM foi escolhido como sua nova casa: “procuramos um partido que nos dê liberdade”, justificou, acrescentando que o compromisso com a base do governador Pedro Taques (PSDB) continua.

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“Nós procuramos um partido que nos dê liberdade para trabalhar. A nossa maior desavença com o PSB foi justamente isso, porque eles querem definir o que o deputado pode ou não votar. Nós recebemos convites de diversos partidos, mas colocavam restrições em alguns nomes. O DEM foi o único que não restringiu ninguém, foi o que deu mais peso, ele abriu a porta para todos, não vetou ninguém”, disse o deputado, que pretende levar consigo, para o DEM, todo o grupo de dissidentes do PSB, seu atual partido.

Botelho e seu grupo, composto por Fabio Garcia, Mauro Mendes, Adilton Sachetti, Max Russi, Oscar Bezerra, Mauro Savi e Suelme Evangelista se viram obrigados a trocar de legenda, depois que decidiram contrariar a orientação da Executiva Nacional, na votação que aprovou o projeto de Reforma Trabalhista proposto pelo Governo Federal.

Firme em suas posições, o presidente da Assembleia Legislativa foi um dos protagonistas do imbróglio que se tornou ainda maior quando o deputado federal Valtenir Pereira, seu amigo pessoal, deixou o PMDB para se tornar presidente do PSB, no lugar de Fabio Garcia, que havia sido destituído.

Agora, praticamente fechado com o DEM, Botelho assegurou que vai trabalhar ao lado de Jayme Campos e demais lideranças do Democratas para reeleger o governador Pedro Taques. Apesar da incerteza sobre a ida de Mauro Mendes para a sigla, a debandada do grupo, segundo o presidente da AL, não deverá pôr em risco o projeto de reeleição do atual governador.

“O DEM também tem compromisso com a gestão e com a reeleição do Pedro Taques, o PSB também tinha. Então, nós continuamos. O Mauro tem um sonho de ser senador, nós pretendemos construir este projeto. Se chegar lá [nas eleições] e o nome dele for viável ele vai ser candidato, se não, a política é assim mesmo”, afirmou.