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Sábado, 20 de abril de 2024

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Eder Moraes desmente Silval e nega ter recebido propina para mudar depoimento sobre compra de vaga no TCE

Foto: Rogério Florentino Pereira / Olhar Direto

Eder Moraes desmente Silval e nega ter recebido propina para mudar depoimento sobre compra de vaga no TCE
Considerado crucial para que haja uma reviravolta nas investigações autorizadas pelo Supremo Tribunal Federal (STF), o ex-secretário Eder Moraes Dias, de Fazenda, negou que tenha recebido R$ 6 milhões do ex-governador Silval Barbosa (PMDB) e do ministro da Agricultura, senador mato-grossense Blairo Maggi, para mudar o seu depoimento  ao Ministério Público de Mato Grosso quanto à possível compra de vaga no Tribunal de contas do Estado (TCE). Eder Moraes concedeu entrevista ao jornal Folha de São Paulo, publicada no Caderno Poder da edição deste sábado (12).

 
“Nunca recebi nenhum tipo de questionamento oficial sobre este assunto e nunca fui intimado pela Justiça para falar sobre isso. O ex-governador Silval Barbosa está faltando com a verdade”, disse Eder à Folha, em reportagem assinada pelo jornalista Pablo Rodrigo, em colaboração.
 
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Na mesma publicação, o ex-secretário de Fazenda e da Copa do Pantanal  FIFA (Secopa) ainda afirma que não tem contato com Maggi muito antes de 2014, quando foi preso durante a Operação Ararath. “Depois disso eu fui proibido de entrar em contato com os investigados na Ararath e com o ex-governador Blairo”, justificou ele.
 
A reportagem da Folha recordou que, de acordo com a delação de Silval Barbosa,homologada no STF,  Eder teria cobrado R$ 12 milhões para mudar o depoimento feito no MPE sobre o esquema de compra de vagas no Tribunal de Contas do Estado, com aval do então governador Maggi em 2009. E que, diante disso, Blairo e Silval combinaram repassar apenas R$ 6 milhões, em duas parcelas de R$ 3 milhões.
 
“O acordo feito era de que eu seria o indicado para o TCE se a vaga fosse de indicação do Poder Executivo. Como o Blairo saiu em 2010 para disputar o Senado e a vaga não surgiu, nada aconteceu. Então não tem o que se falar de compra de vagas”, observou Eder, dando outro contorno para o caso – muito diferente do divulgado pelo Jornal Nacional (Globo), na noite desta sexta-feira (11).
 
Já sobre a mudança em seu depoimento, Eder Moraes alega que foi enganado pelo Ministério Público Estadual. “O promotor Mauro Zaque disse que só aceitaria o meu depoimento se ele indicasse o advogado. E isso não pode. Mas eu estava abalado emocionalmente”, acusou Moraes Dias.
 
Blairo Maggi e mais sete pessoas continuam com R$ 4 milhões bloqueados pela Justiça por conta da compra de vaga no TCE.
 
De acordo com a ação, em 2009, o então deputado estadual Sérgio Ricardo Almeida teria pago R$ 4 milhões ao conselheiro do TCE, Alencar Soares Filho, para ocupar sua cadeira no Tribunal de Contas. Para descaracterizar o ato ilícito, Alencar teria devolvido a mesma quantia a Ricardo, dinheiro oriundo de uma factoring, com intermediação de Eder Moraes e aval do governador Blairo Maggi.
 
Alencar Soares também teria recebido outros R$ 4 milhões das mãos de Gercio Marcelino Mendonça Júnior, conhecido como Júnior Mendonça, a pedido de Eder Moraes e com o consentimento de Blairo Maggi, conforme a denúncia de Silval ao STF.
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