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Quinta-feira, 25 de abril de 2024

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em Brasília

Grupo de Mendes e Garcia não comparece a ato nacional do PSB; militância de MT discute caminhos

Foto: Rogério Florentino Pereira/ Olhar Direto

Mauro Mendes, Fábio Garcia e dissidentes do PSB mão comparecem a ato com Siqueira (foto de arquivo)

Mauro Mendes, Fábio Garcia e dissidentes do PSB mão comparecem a ato com Siqueira (foto de arquivo)

Militantes do PSB de Mato Grosso, liderados pelo presidente estadual da legenda, deputado federal Valtenir Pereira, participaram na última semana do ato de 70 anos do partido, no Hotel Nacional de Brasília. O ex-prefeito de Cuiabá Mauro Mendes, os deputados federais Fábio Garcia e Adilton Sachetti e a bancada do PSB na Assembleia Legislativa não compareceram ao ato, comandado pelo presidente nacional da agremiação, Carlos Siqueira, o mesmo que tirou Garcia do comando do PSB e o substituiu por Pereira, provocando um racha na legenda.


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Para o militante do PSB-MT Ulisses Samaniego, representante do Movimento Popular Socialista, Valtenir Pereira está tendo uma nova chance para fazer o que não conseguiu quando presidiu o PSB até 2013 e caso não haja uma boa relação com a base, núcleso do partido estão prontos para o confronto interno.
 
 “Muito embora eu coadune com vários pontos da carta de apoio dos movimentos sociais do partido ao deputado Valtenir, isso não foi discutido com o Movimento Popular, nós soubemos pela imprensa”, critica. O militante, que participou do ato em Brasília, entende que o ato de Siqueira de dissolver o comando estadual do PSB foi precipitado, mas o momento é de o partido trabalhar visando as eleições de 2018, ainda que o partido precise passar por uma depuração.
 
“O deputado Valtenir está tendo a segunda oportunidade de poder fazer o que ele não fez quando conduziu o partido até meados de 2013 quando foi defenestrado, ou seja, fazer partido com P maiúsculo, respeitando a militância, fortalecendo os movimentos sociais e sobretudo respeitando o cidadão. No entanto, nota-se que o nobre deputado ainda tem certa dificuldade para compreender isso, pois o espaço de poder do partido é para ser gozado pela militância, entretanto, pessoas de outros partidos que estão gozando, a exemplo do filho do prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro Filho, que preside a juventude do PMDB, hoje na assessoria do deputado”, reclama.

Ulisses Samaniego (de amarelo) ao lado de Carlos Siqueira.
 
O encontro
 
Para Ulisses, o evento em Brasília de 70 anos do partido foi fundamental para que a legenda pense seu futuro. “Faz com que a gente repense inúmeras coisas, sobretudo se realmente você se identifica com a ideologia partidária, momento esse que se bota a refletir se está no lugar certo, além de oxigenar a militância e engajar ainda mais aqueles que realmente são comprometidos com o conteúdo programático e ideológico do partido, gostaria que toda militância pudesse ter tido a oportunidade de poder participar de um evento como esse”.
 
Perspectiva do PSB para eleição 2018
  
Para o militante, o partido precisa pensar sua estratégia eleitoral pensando na realidade regional, tendo em vista a situação financeira do Estado. “Precisamos, enquanto agentes políticos, ser engajados na luta pelas pessoas que realmente precisam do estado. Não podemos nos dar o luxo de fazer oposição burra, vazia, ou seja, embora o governador esteja passando por alguns momentos extremamente delicados, é inegavelmente uma grande força”.
 
Ulisses lembra que o PSB ainda está na base do governo e sustenta que Valtenir não pode, chegando agora no partido, querer pensar no rompimento com o governo sem ao menos dialogar com o partido e com o próprio governador.
 
“Certamente é necessário termos candidatura majoritária própria, e o nome mais assertivo é do companheiro Mauro Mendes, que reúne condição factível de viabilidade eleitoral. O deputado Valtenir, embora se coloque a disposição para concorrer uma candidatura majoritária, infelizmente no momento, não reúne condições para tal empreitada, falta envergadura política, pois uma pessoa que troca de partido inúmeras vezes, não tem condições de aglutinar um arco de aliança forte para assumir esses desfio”, opina.
 
“Outra situação que devemos considerar é a questão do “distritão”, caso seja aprovado, e isso caminha para acontecer. Vai afetar sobremaneira o deputado, é só fazer uma avaliação crua, o deputado desde de sua primeira eleição para federal, vem caindo sua votação, ou seja, com o distritão, é bem possível que acerte em cheio aqueles candidatos que precisam de legenda para se eleger, não dá para fazer uma campanha apenas com fisiologismo”, completa.
 
Outro fator que o militante julga ser fundamental é aguardar os desdobramentos da delação premiada de Silval Barbosa, cujo conteúdo pode influenciar diretamente na disputa de 2018. “Nós estamos à disposição para somar com o partido, queremos colaborar de maneira participativa, se o deputado Valtenir entender que podemos, estamos aqui, caso não seja possível caminhar e compactuar com a nova direção, vamos pro confronto, vamos pro embate, brigar pela direção da executiva municipal, nem que seja para marcar posição”.
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