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Sexta-feira, 29 de março de 2024

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Sem obrigação

Taques quer abrir planilha dos hospitais filantrópicos e garante que não aceitará pressão

Foto: Rogério Florentino Pereira/Olhar Direto

Taques quer abrir planilha dos hospitais filantrópicos e garante que não aceitará pressão
O governador Pedro Taques (PSDB) revelou nesta quarta-feira (16), durante a inauguração de uma nova delegacia em Várzea Grande, que o Executivo quer abrir a planilha dos hospitais filantrópicos para saber quanto eles estão gastando e como os recursos estão sendo gastos. Reforçou ainda que o repasse não é obrigação do Estado e esbravejou que não aceitará pressão.


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“Queremos que abram a planilha para saber quanto está gastando ali. Vamos chamar os hospitais filantrópicos novamente para uma conversa junto com o presidente da Assemblea Legislativa de Mato Grosso (ALMT), Eduardo Botelho (PSB). Estamos repassando para Cuiabá e Rondonópolis, nenhum governador repassou mais dinheiro do que a nossa administração”, discursou o governador.
 
Taques ainda garante que o Estado está bancando 100% das Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) dos hospitais filantrópicos. “Não somos responsáveis, mas não vou lavar as mãos como Pôncio Pilatos, estamos buscando resolver isto. Não podemos ajuda, neste momento, da maneira que eles desejam”.
 
“Não aceito e não trabalho sob pressão. A administração dos hospitais é séria. Não estamos criticando quem quer que seja. Mas o Estado não pode ser responsável por algo que não lhe pertence. A quem cabe a manutenção? Nós repassamos ao município, que entrega para os filantrópicos. Temos aumentado e muito o repasse para as prefeituras”, avaliou Taques.
 
Por fim, ainda explicou que a situação é parecida em todo o país, mas garante que cumpriu o que prometeu: “Nós assumimos e fizemos um acordo com os cinco [hospitais filantrópicos] daqui. Durante três meses, repassamos um determinado valor, cumprimos com o prometido. Agora, eles estão ameaçando fechas as portas. Com ameaças, não trabalhamos”.
 
O caso
 
A Santa Casa de Misericórdia de Cuiabá, o Hospital Santa Helena e o Hospital Geral Universitário, junto com a Santa Casa de Rondonópolis, ameaçaram parar com todos os tipos de atendimento caso não haja repasse de novos recursos. Os diretores dos hospitais afirmaram que não há mais verba para continuar atendendo.
 
O presidente do Hospital Santa Helena, Marcelo Sandrin, afirmou que há seis meses não recebem repasses do Estado. Ele disse que por dia, cada um dos hospitais perde pelo menos R$ 20 mil.
 
Cerca de 3 mil profissionais trabalham nas quatro instituições em Mato Grosso. As unidades contam com 830 leitos, sendo 160 para Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Aproximadamente 1.040 atendimentos são realizados diariamente e mensalmente são feitos cerca de 800 partos.
 
O Governo do Estado alega que não há um contrato direto firmado com os hospitais filantrópicos e o que existiu foi uma portaria, com duração para três meses, onde seria feito o pagamento de R$ 2,5 milhões por mês. A Secretaria de Estado de Saúde (SES) afirma que apenas tem contrato com os municípios, e por causa disso faz repasses para que os municípios façam as contratações necessárias.
 
O repasse feito nos três meses, segundo a Secretaria, foi emergencial por causa das dificuldades que os hospitais enfrentavam. A SES afirmou que o Estado repassa aquilo que é possível repassar por causa da crise, e como Cuiabá e Rondonópolis têm hospitais filantrópicos, o estado já faz um aporte mensal para que o município faça as contratações.
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