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Trens do VLT podem parar na África e secretário diz ser possível operar trecho até o fim de 2018

19 Ago 2017 - 16:47

Da Redação - Wesley Santiago / Da Reportagem Local - Jardel P. Arruda

Foto: Wesley Santiago/Olhar Direto

Trens do VLT podem parar na África e secretário diz ser possível operar trecho até o fim de 2018
Pelo menos dez das 40 composições do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) podem ir parar na África. O secretário adjunto do VLT, José Picolli, disse que uma empresa alemã se interessou pela aquisição dos vagões, com o objetivo de revendê-los para um país africano. Porém, ele afirmou que este não deve ser o caminho seguido, já que não seria vantajoso ao Estado vender o material rodante “a preço de banana”. Além disto, Picolli também disse ser possível operar o trecho Aeroporto-Porto até o fim de 2018: “Desde que as obras iniciem nos próximos três meses”.


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Picolli explica que a venda dos vagões, apesar de possível, seria muito complicada. Isso porque, segundo ele, “não tem outro local em que está sendo implantado o VLT. Tem cidades que pensam em colocar. Fortaleza (CE) está pensando, mas por lá é a diesel e o nosso é elétrico, não serviria. Em Salvador (BA) estão partindo para uma concessão para operar, não sei se seria um preço adequado. Goiânia (GO) está suspenso, então não tem como precisar”.
 
O secretário ainda revelou para onde a empresa alemã que se interessou pelos trens poderia leva-los: “Houve o interesse de uma empresa alemã que queria comprar dez trens para revender a um país na África. Porém, foi apenas a intenção, comentários. O que faríamos com os outros que sobrariam?”, questiona.
 
Recentemente, o secretário de Cidades (Secid), Wilson Santos (PSDB), disse que “existem várias capitais pensando [em ter um VLT], houve a consulta de um grupo alemão interessando. Porém, se vender [os vagões], será com depreciação de três anos, o Estado terá prejuízo. Não será o mesmo que pagamos. Por isso defendemos tanto a continuidade”.
 
Wilson ainda aproveitou, em entrevista a uma rádio, para questionar se “esses vagões são do Estado? Há uma interrogação quanto a isto. Porque eles ainda não foram entregues oficialmente ao governo. O contrato diz que ainda precisa realizar testes e outras coisas mais. Mas continuo a dizer que eu sou defensor da retomada das obras do VLT”.
 
José Picolli disse que ainda é possível entregar pelo menos um trecho do VLT até o fim de 2018, quando termina o mandato do governador Pedro Taques (PSDB), já que a continuidade da obra foi uma das suas promessas de campanha: “Se ainda houvesse uma solução rápida nos próximos três meses, até o fim de 2018 teríamos o trecho aeroporto-porto operando. Temos cinco quilômetros implantados de via neste trecho e teríamos que colocar mais quatro para chegar até ali. Poderia ser possível até dezembro do ano que vem”.
 
Operação Descarilho
 
As obras do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), em vias de serem retomadas com a proximidade de acordo entre Consórcio e Governo, voltaram às páginas policiais na manhã do dia 9 deste mês, com a operação Descarrilho, deflagrada pela Polícia Federal, na qual são apuradas possíveis irregularidades na escolha do modal para operar na região metropolitana de Cuiabá. Entre os alvos da operação está o ex-secretário da Secopa Maurício Guimarães, conduzido coercitivamente.
 
A ação apura os crimes de fraude a procedimento licitatório, associação criminosa, corrupção ativa e passiva, peculato e lavagem de capitais, em tese ocorridos durante a escolha do modal VLT e sua execução na Capital de Mato Grosso.
 
Foram cumpridos 18 mandados de busca e apreensão, sendo 10 em Cuiabá (MT), um em Várzea Grande (MT), um em Belo Horizonte (MG), um no Rio de Janeiro (RJ), um em Petrópolis (RJ), dois em São Paulo (SP) e dois em Curitiba (PR).
 
VLT
 
A obra do modal de transporte está paralisada desde o final de 2014 e, devido à divergência entre os valores solicitados pelo consórcio para concluir o VLT e o valor que a atual gestão está disposta a pagar, o governador judicializaou a questão. O governo passado já pagou R$ 1,066 bilhão ao consórcio VLT Cuiabá, do total de R$ 1,477 bilhão pelo qual a obra foi contratada.
 
Projeto
 
O modal terá dois eixos, Aeroporto-CPA e Centro-Coxipó, e será implantado no canteiro central das avenidas João Ponce de Arruda e FEB, em Várzea Grande; XV de Novembro, Tenente Coronel Duarte (Prainha), Historiador Rubens de Mendonça, Coronel Escolástico e Fernando Corrêa da Costa, em Cuiabá, totalizando 22 km de extensão.
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