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Quinta-feira, 18 de abril de 2024

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​Sem “fundão” e sem empresas para financiar campanhas, crime pode lançar candidatos

Foto: Rogério Florentino Pereira/Olhar Direto

​Sem “fundão” e sem empresas para financiar campanhas, crime pode lançar candidatos
A dificuldade em emplacar a criação de um fundo público para financiar as campanhas eleitorais devido a resistência do público e o fim da eleição proporcional aos parlamentos pode facilitar que facções criminosas se organizem para lançar candidatos e aumentar a força de quem é capaz de se bancar sozinho.


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Essa é a avaliação é do deputado federal Nilson Leitão (PSDB) – o mais votado por Mato Grosso na eleição de 2014. Ele fala no surgimento de um “limbo” por causa da falta de regulamentação para as doações e desmonte da organização partidária devido ao fim do voto proporcional. Contudo, disse que votará contra o “fundão” e vê chances do voto distrital ser aprovado.

“Se não tiver financiamento privado e não tiver financiamento público, terão alguns tipos de candidatos:  Aquele bem intencionado sem dinheiro, que vai concorrer com um, talvez, mal intencionado com muito dinheiro do lastro dele. Ou seja, vai ser uma campanha para milionários privados, ou para aqueles que vão usar dinheiro escuso, ou financiados por segmentos criminosos”, disse.

Para o deputado, as pessoas precisam entender que assim como igrejas podem ser organizar para eleger alguém, o agronegócio faz isso, bem como vários segmentos, as organizações criminosas também podem fazer o mesmo. Sem os candidatos poderem receber doação de empresas privadas e sem o fundo para financiá-los, crescem as chances de quem aceitar o uso de verbas criminosas.

Nilson Leitão acredita que o ideal seria um modelo de financiamento privado com limites rigorosos. Por exemplo, ele cita a criação de um sistema de limites de doação de acordo com o tamanho da empresa, no qual a cota máxima será R$ 500 mil. E isso na somatória de todas doações, então se a empresa tiver intenção de patrocinar 20 candidatos, terá de oferecer R$ 25 mil para cada, no máximo.

“Todos os países do mundo desenvolvido, em democracia, trabalham com financiamento privado. Demonizado o financiamento privado, parte para o financiamento público. Mas também ficará demonizado porque vão dizer que está dinheiro público para fazer campanha ao invés de fazer saúde”, explicou.

A situação se agrava com o fim do voto proporcional, pois com os parlamentares sendo eleitos de forma majoritária a organização partidária perde o sentido. Leitão chega afirmar que esse sistema, chamado de “distritão”, é usado apenas em países antidemocrático. Entretanto, considera uma boa forma para completar a transição do atual modelo para um distrital misto, após uma reforma partidária ser aprovada.

“O distritão é com certeza o pior sistema no mundo. Tanto quie só quatro países tem e esses quatro países são ditaduras. Mas, nesse momento poderia ser comunicado como um momento de travessia até 2022, porque o distritão nada mais é do que eleger aqueles que tem mais votos”.
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