Uma força-tarefa, composta pela Polícia Federal e Secretaria de Previdência do Ministério da Fazenda, deflagrou na manhã desta terça-feira (22) a ‘Operação Rosário’, com o objetivo de desarticular uma quadrilha especializada em fraudar benefícios previdenciários de auxílio-reclusão em Mato Grosso. O prejuízo aos cofres públicos pode superar os R$ 9 milhões.

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Cerca de 50 pessoas, entre policiais federais e servidores da Secretaria de Previdência do Ministério da Fazenda, cumprem oito mandados de busca e apreensão e um de prisão preventiva nas cidades de Cuiabá (MT), Várzea Grande (MT) e Rosário Oeste (MT). As ordens foram expedidas pela Justiça Federal de Diamantino (MT), segundo a assessoria de imprensa da PF.
 
As investigações tiveram início em 2016, a partir de denúncia recebida na Ouvidoria da Previdência Social, informando da existência de um esquema de concessão fraudulenta de auxílio-reclusão a partir da Agência da Previdência Social de Rosário Oeste.
 
Os criminosos, em sua maioria, falsificavam os atestados carcerários, ampliando o período de prisão dos supostos segurados. Levantamentos mostram que as concessões de auxílio-reclusão na APS Rosário Oeste são doze vezes maiores que a média nacional, em que pese tratar-se de município com aproximadamente 18 mil habitantes, não contando com penitenciária.
 
O prejuízo causado aos cofres públicos pelo pagamento dos benefícios objetos de inquérito policial totaliza o valor aproximado de R$ 1 milhão, podendo chegar a um montante maior.
 
A investigação identificou ainda que desde 2014 o principal envolvido concedeu outros benefícios e, se confirmadas as irregularidades, as fraudes podem ter gerado um prejuízo superior a R$ 9 milhões em valores atrasados pagos.
 
Operação Rosário
 
O nome da operação remete à cidade de Rosário Oeste (MT), onde foram concedidos os benefícios fraudados.