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Quinta-feira, 25 de abril de 2024

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Deputados não aparecem na AL no dia seguinte a vídeo bombástico; Mesa Diretora diz que é "passado"

Foto: Rogério Florentino Pereira / Olhar Direto

Poucos deputados passaram pelo Edifício Dante de Oliveira, nesta sexta-feira, 25; sessões ordinárias são de terça até quinta-feira

Poucos deputados passaram pelo Edifício Dante de Oliveira, nesta sexta-feira, 25; sessões ordinárias são de terça até quinta-feira

Apenas cinco dos 24 deputados estaduais compareceram ao Edifício Dante Martins de Oliveira, nesta sexta-feira (25), dia seguinte à divulgação pelo Jornal Nacional (Globo), de imagens onde deputados estaduais da legislatura passada supostamente recebem propina da gestão do ex-governador Silval Barbosa (PMDB). O JN mostrou cinco então parlamentares recebendo em dinheiro vivo o pagamento de “mensalinho”, das mãos do então secretário Sílvio César Correa, chefe do Gabinete do Governador, no Palácio Paiaguás.

 
A Mesa Diretora informou via assessoria que a denúncia diz respeito à legislatura passada (2011-2015), assegura que o atual mandato (2015-2019) é pautado pela austeridade moral e ética, e que as providências cabíveis do caso estão sendo tomadas pela Procuradoria Geral da República (PGR) e Poder Judiciário.

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A reportagem do Olhar Direto apurou que somente os deputados estaduais Guilherme Maluf (PSDB), primeiro secretário da Assembleia; Gilmar Fabris (PSD), primeiro vice-presidente da Mesa Diretora; Mauro Savi (PSB), Jajah Neves (PSDB) e Professor Adriano Silva (PSB) passaram pelo Edifício Dante de Oliveira até por volta das 14 horas desta sexta-feira (25).
 
Maluf compareceu porque era o autor do requerimento de realização do Seminário de Mulheres Empreendedoras, realizado no auditório Milton Figueiredo. Ele ficou poucos minutos e, depois, deixou o prédio, alegando compromisso com a medicina – é proprietário do Hospital Santa Rosa, o maior da rede privada de Mato Grosso.
 
Mauro Savi também ficou pouco tempo no gabinete, assim como Jajah Neves. Já Gilmar Fabris recebeu prefeitos em audiência e, depois, teve reunião com o ex-senador Jayme Campos (DEM), secretário de Assuntos Estratégicos de Várzea Grande.
 
Entenda o caso
 
As imagens veiculadas no JN e, depois, em reportagem do MT TV 1ª Edição, da TV Centro América (Globo), nesta sexta-feira (25), mostra os prefeitos Emanuel Pinheiro (PMDB), de Cuiabá, e Luciane Bezerra (PSB), de Juara; o deputado estadual José Domingos Fraga Filho (PSD) e o deputado federal Ezequiel Ângelo Fonseca (PP), recebendo dinheiro no Gabinete do Governador, entregue pelo secretário Sílvio Correa.
 
Também receberam o “mensalinho” de Silval Barbosa o ex-deputado e atual primeiro suplente de deputado federal Hermínio Jota Barreto, e o ex-deputado estadual Alexandre Luiz César (PT).
 
A delação de Silval Barbosa, Sílvio César Correa, Roseli Barbosa e Rodrigo Barosa foi homolada no último dia 9 pelo ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), que autorizou a abertura de inquérito para investigar as declarações do ex-governador de Mato Grosso sobre o funcionamento de um suposto esquema de corrupção no estado entre 2004 e 2014.
 
Silval fechou acordo de colaboração com a Procuradoria-Geral da República (PGR), e o conteúdo dos depoimentos foi tornado público nesta quinta-feira (24), após a retirada do segredo de Justiça.
 
No pedido de investigação enviado ao Supremo, a PGR cita que empresários e políticos locais formaram uma organização criminosa para garantir a "manutenção da governabilidade e para o pagamento de dívidas de campanha”.  A acusação assegura que parlamentares  cobravam propina em obras do governo.
 
“A organização criminosa, por meio de seus integrantes que exerciam funções como agentes políticos e/ou servidores públicos, solicitavam propina ou 'retorno' de pagamentos devidos pelo estado às empresas contratadas para a execução de obras e serviços”, diz a PGR.
 
A investigação ainda não tem prazo para terminar e será conduzida pela Superintendência da Polícia Federal em Mato Grosso.
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