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Quinta-feira, 28 de março de 2024

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NA MIRA DA DELAÇÃO

Taques confirma reunião com Silval, mas nega pedido de doação e descredita acordo de ex-governador

Foto: Rogério Florentino Pereira / Olhar Direto

Taques confirma reunião com Silval, mas nega pedido de doação e descredita acordo de ex-governador
O governador Pedro Taques (PSDB) confirmou, na manhã desta quarta-feira (30), que de fato se reuniu com Silval Barbosa (PMDB) durante sua campanha eleitoral em 2014, conforme revelou o ex-governador em seu acordo de delação premiada. Todavia, Taques garantiu que não pediu dinheiro à Silval e, embora defenda o instituto da delação premiada, descreditou o acordo firmado entre o ex-governador e a Procuradoria-Geral da República. “O cara quando está preso pode falar coisas, mas ‘ouvi dizer’, ‘falei isso’, ‘teria’, aí no condicional não é delação”, repudiou.


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“Eu não vejo nenhum problema em um senador, outro senador e o prefeito da Capital se reunirem com o governador. Quando nós íamos crescendo nas pesquisas, o governador Silval Barbosa nos procurou e, através do prefeito Mauro Mendes, houve essa reunião. Mas eu não pedi um real para o Silval Barbosa”, assegurou Pedro Taques, após evento da Secretaria de Agricultura Familiar no Hotel Fazenda Mato Grosso, em Cuiabá.

No início da manhã, em entrevista à Rádio Capital FM, Mauro Mendes (PSB) falou pela primeira vez sobre o assunto e confirmou que existiu uma reunião entre o governador Pedro Taques e o ex-chefe do Executivo antes do período eleitoral. Segundo ele, foi uma “conversa extremamente republicana” e não houve nada de ilegal ou imoral nisto: “Não é proibido pedir ajuda”.

Pedro Taques, no entanto, afirmou que não acompanhou a entrevista dada por Mauro Mendes e preferiu não comentar as declarações do ex-prefeito. “Eu não vi a entrevista do Mauro Mendes, vou ver, foi hoje de manhã?”, disse, ao ser questionado por jornalistas se havia pedido doação para a sua campanha, assim como afirmou Silval, em sua delação.

O governador, que é um jurista respeitado, defendeu que o instituto da delação premiada é um dos instrumentos mais importantes no âmbito jurídico. “É o melhor instrumento da investigação”, disse. Todavia, depreciou as declarações dadas por Silval Barbosa no acordo firmado com a Procuradoria-Geral da República.

A delação de Silval foi homologada no início deste mês, pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luiz Fux, que classificou o documento como “monstruoso”.

“Nós temos que entender que a delação premiada hoje é um dos melhores instrumentos para investigação. Agora, a delação precisa ser demonstrada, comprovada com documentos. Todo mundo sabe aqui que eu não amaciei para o governador Silval Barbosa. Durante dois anos eu fui criticado, inclusive por muito da imprensa, de só estar fazendo auditoria. E eu me orgulho das auditorias que o nosso Governo fez, muitas dessas resultaram em prisões e comprovaram o roubo do dinheiro público”, repudiou Pedro Taques.

O caso

O ex-governador Silval Barbosa (PMDB) revelou em delação premiada à Procuradoria Geral da República, homologada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), ter doado dinheiro para a campanha vitoriosa do governador Pedro Taques e, ainda, se comprometido em não investir na campanha do ex-vereador Lúdio Cabral (PT). É o que revela reportagem da TV Centro América, afiliada da Rede Globo em Mato Grosso, veiculada no jornalístico MT TV 2ª Edição da noite desta terça-feira (22).

Pedro Taques nega qualquer possível envolvimento, com veemência. O Gabinete de Comunicação de Mato Grosso divulgou nota em que assegura que Taques possui desafetos na vida pública e, nesse contexto, coloca Silval no mesmo patamar do ex-bicheiro João Arcanjo Ribeiro, e dos ex-deptuados Hildebrando Pascoal e José Geraldo Riva.

Na delação, o ex-governador peemedebista afirmou ter sido orientado pelo então prefeito Mauro Mendes (PSB), de Cuiabá, coordenador financeiro da campanha de Taques, de que era necessário que Silval não investisse na campanha de Ludio Cabral, que tinha como vice a então deputada Teté Bezerra (PMDB), mulher do presidente regional do PMDB, deputado federal Carlos Bezerra.

Barbosa aceitou a proposta, mas teria exigido que o compromisso fosse firmado com Taques, pessoalmente, se comprometendo em não investigá-lo, se eleito. Na denúncia, consta que teriam participado da uma reunião, na casa de Mauro Mendes, além de Silval, também de Taques e o hoje ministro da Agricultura, senador mato-grossense Blairo Maggi (PP).

 
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