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Sábado, 20 de abril de 2024

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Manobra de Kristeller

Médico com histórico de violência é indiciado por agressões a mãe e morte de recém-nascido

Foto: Ilustração

Médico com histórico de violência é indiciado por agressões a mãe e morte de recém-nascido
O médico obstetra Jarbes Balieiro Damasceno responderá pelos crimes de homicídio culposo pela morte de um recém-nascido e lesão corporal, por agressões a mãe da criança, durante o parto. O caso de violência obstétrica, ocorreu no mês de maio, em Cáceres (225 km a Oeste).


Vale lembrar que ele também é investigado por diferentes situações de violência obstétrica. Em um dos casos o bebê teve o braço quebrado e a vagina da mãe foi mutilada. No outro, em decorrência de seu atraso para a operação, a criança faleceu.

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Nas investigações foram ouvidas várias pessoas entre médicos, incluindo o pediatra que recebeu a criança, funcionários enfermeiros e parentes da mãe da criança, que estiveram presentes no dia e que confirmaram a conduta arbitrária do médico.

Em interrogatório, o obstetra confessou que usou na paciente o procedimento conhecido como “Manobra de Kristeller”, método não recomendável pelo Conselho Regional de Medicina por ser reconhecidamente danoso à saúde e, ao mesmo tempo, ineficaz, tanto a parturiente quanto ao recém-nascido.

Além dos depoimentos foram juntados aos autos os prontuários médicos da mãe e da criança. Devido à quantidade de documentos, o delegado Alex Souza Cuiabano, encaminhou o procedimento para o Ministério Público com pedido de dilação de prazo e agora aguarda o retorno do inquérito para anexar o relatório conclusivo, para então encaminhar o inquérito ao Poder Judiciário.

A conduta violenta do médico já era investigada em outro inquérito policial, em que o bebê nasceu com braço quebrado e a mães sofreu ferimentos na região vaginal. Neste procedimento, o obstetra será indiciado por lesão corporal grave.

CASO

As investigações contra o obstetra iniciaram após o pai da criança registrar boletim de ocorrência sobre a conduta do médico. Segundo o comunicante, sua esposa deu entrada no hospital, em trabalho de parto, às 09 horas, do dia 29 de maio. Ela passou por uma ultrassonografia que constatou a perda de líquido e que ela teria que fazer uma Cesária, porém, o médico optou pelo parto normal.

Por volta das 21 horas, à vítima foi encaminhada para o centro cirúrgico e foi tratada com muita grosseria. Ele mandava que as enfermeiras apertassem a barriga da gestante e era agressivo todas as vezes que a paciente reclamava de dor. O bebê nasceu quase sem sinais vitais e foi encaminhado para UTI neonatal. A criança morreu dias depois em decorrência do parto agressivo. A mãe teve hemorragia interna e até hoje não se reestabeleceu completamente, dependendo de medicamentos e retornando constantemente ao hospital.
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