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Terça-feira, 16 de abril de 2024

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BAIXA UMIDADE

Tempo seco faz número de atendimentos por problemas respiratórios dobrar

Foto: Vinicius Mendes

Tempo seco faz número de atendimentos por problemas respiratórios dobrar
Idosos e crianças cuiabanas sofrem com a baixa umidade do inverno. Nas policlínicas da capital, as atendentes dizem que o número de atendimentos de pessoas com problemas respiratórios dobra nesta época do ano. A média chega a ser de 40 atendimentos por dia.


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Os principais prejudicados pelo tempo seco são os idosos e as crianças. Dona Benedita Soares, de 62 anos, disse que todo ano passa pelo mesmo problema.

 “Nossa todo ano eu tenho esta tosse, o tempo fica muito seco aí tenho que vir aqui né, para cuidar. A gente tenta resolver com toalha molhada e essas coisas, mas mesmo assim às vezes não é suficiente”, contou a idosa.

A senhora Silvia Marques, de 33 anos, é mãe de um menino de 5 anos que sofre com a baixa umidade do ar.

“Ele estava tossindo muito, nesse tempo seco é assim, aí eu tenho que trazer ele. Ele faz também inalação por aerosol ás vezes para ajudar. E tem muita criança aqui né, elas sofrem mais com este tempo seco”, disse a mãe.

A Secretaria Municipal de Saúde de Cuiabá afirma que não há um estudo pronto que aponte o aumento no número de casos de doenças respiratórias no período de baixa umidade, porém, também diz que empiricamente os médicos confirmam haver este aumento.

Além de problemas respiratórios, durante o período de tempo seco as policlínicas também registram aumento em casos de diarréia e febre. A Defesa Civil faz algumas recomendações para a população sobre as precauções necessárias a serem adotadas durante o período de intenso calor e baixa umidade relativa do ar.
 
Conforme o diretor de Proteção e Defesa Civil do Município, Cel. Paulo Wolkmer, as recomendações seguem as diretrizes de enfrentamento à época com o clima seco, elaboradas pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Ele explica que nos últimos dias Cuiabá apresentou uma considerável queda na umidade, chegando a 12%, sendo que o ideal é que os índices permaneçam entre 40% e 60%.
 
A orientação é que se evite a prática de atividades físicas ao ar livre, entre às 10h e 16h, e aumente o consumo diário de água. Outra dica importante é o uso de protetor solar e hidratante durante exposição ao sol, e ainda a umidificação de ambientes fechados com vaporizador, recipiente com água ou uma toalha molhada.
 
“Durante esse estágio os mais prejudicados são, normalmente, as crianças e idosos. Nosso pedido é para que se tenha um cuidado especial com essas duas faixas etárias, mas sem esquecer-se do restante da população. É importante, por exemplo, adotar o hábito de pingar algumas gotas de soro fisiológico nas narinas e de consumo de refeições leves. São ações simples, mas que se forem seguidas podem evitar possíveis complicações na saúde”, comentou Wolkmer.
 
O diretor destaca ainda as queimadas ilegais é também outro complicador durante essa temporada. Segundo ele, a Defesa Civil tem adotado medidas no intuito de evitar esse tipo de prática que favorece no aumento dos registros de doenças respiratórias. Dentre as providências está a disponibilização de três equipes de brigadistas para aturem, junto ao Corpo de Bombeiros Militar, no combate a focos de incêndio em terrenos urbanos.
 
“No perímetro urbano as queimadas são proibidas durante todo o ano. Todavia, infelizmente, ainda existem pessoas que insistem nessa prática. Por isso, idealizamos essa parceria com o Corpo de Bombeiros, colocando à disposição esses brigadistas contratados pelo Município e reforçando o aparato neste longo período sem chuva e alta temperatura”, pontuou.  
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